Trump reverte suspensão de vistos de estudantes enquanto prepara novo sistema de monitoramento

O Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: EFE/EPA/CHRIS KLEPONIS/POOL)

A reversão temporária ocorre após questionamentos judiciais sobre cancelamentos de vistos estudantis baseados em acusações menores ou casos arquivados


O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (25) a restauração temporária do status legal de centenas de estudantes estrangeiros que haviam perdido seus registros no país. A decisão foi informada durante uma audiência na Justiça Federal de Boston, segundo a agência Reuters, enquanto o governo elabora uma nova política para regulamentar os cancelamentos de vistos.

Desde o início de seu mandato, Trump endureceu o controle sobre a permanência de estudantes internacionais, exigindo o cumprimento rigoroso das condições dos vistos, como limites de trabalho e ausência de infrações criminais. Como parte dessa política, mais de 4.700 registros foram removidos do banco de dados SEVIS, usado para monitorar cerca de 1,1 milhão de estudantes estrangeiros.

A reversão temporária ocorre após questionamentos judiciais sobre cancelamentos de vistos estudantis baseados em acusações menores ou casos arquivados, que, pela lei, não justificariam a perda automática do status migratório. Em resposta, o Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) informou que está "desenvolvendo uma política que fornecerá uma estrutura para as rescisões de registros SEVIS". Até que a nova política seja publicada, os registros afetados serão restaurados ou mantidos ativos.

"O acesso ao SEVIS foi restaurado para pessoas que não tiveram seus vistos formalmente revogados", afirmou a porta-voz do Departamento de Segurança Interna, Tricia McLaughlin.

Apesar da medida, o governo esclareceu que mantém autoridade para revogar vistos de estudantes envolvidos em crimes ou outras violações que permitam a deportação.

"A autoridade do ICE para terminar registros continua válida caso estudantes se envolvam em atividades ilegais que os tornem deportáveis", destacou o governo Trump em comunicado.

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