O governo Trump continuará enviando imigrantes deportados para El Salvador
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu seu homólogo de El Salvador, Nayib Bukele, nesta segunda-feira (14), na Casa Branca.
Durante o encontro, Trump agradeceu o líder do país centro-americano por aceitar centenas de imigrantes expulsos do território americano sob acusações de terrorismo, a fim de resolver o problema das "fronteiras abertas" que diz ter herdado de governos anteriores, como o de Joe Biden.
"Tínhamos pessoas estúpidas governando o país, e posso dizer que o que eles fizeram conosco na fronteira nunca deve e nunca será esquecido. O que eles fizeram foi um pecado, e vocês estão nos ajudando. Agradecemos por isso", disse Trump a Bukele no Salão Oval.
Os países fecharam um acordo no início do mandato de Trump que envolve um aporte de US$ 6 milhões por parte dos EUA para o uso da megaprisão de segurança máxima, o Centro de Confinamento para o Terrorismo (Cecot), em El Salvador.
Antes da reunião entre os presidentes, o vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Stephen Miller, considerado o arquiteto da nova política migratória dos EUA, declarou à imprensa que o governo Trump continuará enviando imigrantes deportados para El Salvador.
"Continuaremos a enviar terroristas estrangeiros para El Salvador, assim como para muitos outros países", afirmou, acrescentando que "há milhares de membros do Tren de Aragua que permanecem neste país, ou seus afiliados e associados. Então, obviamente, uma parte deles irá para El Salvador como parte de nosso esforço para erradicar essa organização terrorista estrangeira dos EUA".
Em pronunciamento durante a reunião, Bukele também esclareceu que não devolverá aos Estados Unidos o imigrante salvadorenho que foi enviado para a megaprisão por ser um "terrorista".
Como parte dessa política, a Casa Branca declarou que o Tren de Aragua está invadindo seu território e usou uma lei de 1798, a Lei de Estrangeiros Inimigos, para agilizar os processos de deportação de supostos membros das organizações criminosas.
A medida tem gerado atritos com o Judiciário americano, que tenta barrar o envio de deportados para El Salvador.
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