Um grupo de jovens iniciou o protesto na tarde desta quarta-feira e, mais tarde, juntaram-se a eles pessoas da região
Um grupo de cerca de 2 mil palestinos participou de um protesto espontâneo nesta quarta-feira (16) na cidade de Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, pedindo que o Hamas deixe o governo e exigindo o fim da guerra no enclave, confirmaram à Agência EFE repórteres presentes no local.
"Ei, Hamas, saia! Ei, [Osama Hamdan, saia! Vocês estão em hotéis, nós sob as armas", eram algumas das palavras de ordem dos manifestantes, criticando um dos membros do gabinete político do grupo terrorista.
"Delegação, negociadores, parem de brincar conosco", gritaram os manifestantes, de acordo com as mesmas fontes, em referência às negociações em andamento entre Israel e Hamas, por meio dos países mediadores, para retornar ao cessar-fogo rompido em 18 de março.
O protesto contou com a participação principalmente de jovens, a maioria deles com menos de 20 anos de idade, de acordo com as fontes presentes no protesto.
Um grupo de jovens iniciou o protesto na tarde desta quarta-feira e, mais tarde, juntaram-se a eles pessoas da região.
Na terça-feira (15), o Hamas afirmou à Agência EFE que considera "inaceitável em sua totalidade" exigir o desarmamento do grupo terrorista para chegar a uma trégua na Faixa de Gaza, depois que o Egito apresentou uma nova proposta de cessar-fogo elaborada por Israel.
"Informamos ao Egito que o movimento não está disposto a abrir mão das armas da resistência. Essas armas são propriedade do povo palestino, não do Hamas ou da luta", disse uma fonte do grupo sob condição de anonimato, considerando a exigência "inaceitável em sua totalidade e em seus detalhes".
A última proposta de Israel, à qual a EFE teve acesso, para estender o cessar-fogo por 45 dias aos mediadores inclui a libertação de dez reféns israelenses vivos em troca de cerca de 1,1 mil prisioneiros palestinos. Dias depois, haveria uma troca de 16 reféns mortos em Gaza por 160 presos em território israelense.
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