A líder francesa descreveu sua condenação como "um ataque perpetrado pelos tribunais contra os líderes que protegem seu país e sua soberania"
A líder direitista francesa, Marine Le Pen, prometeu neste domingo (6) uma "batalha pacífica e democrática" contra sua condenação por desvio de fundos, durante sua participação por videoconferência no congresso do partido italiano Liga, liderado por Matteo Salvini.
"Nossa batalha será como a sua (de Salvini), pacífica e democrática, e podemos dizer que o exemplo vem de Martin Luther King, que falou de direitos civis. E são os direitos dos franceses que estão sendo questionados", declarou.
Le Pen também disse sentir-se "comovida" com o apoio dos líderes da Liga a Salvini, atual vice-presidente do governo da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que foi absolvido em novembro de um julgamento no qual era acusado de sequestro por conta de suas políticas anti-imigração de 2019.
Seu discurso no congresso do partido italiano, realizado em Florença (norte), acontece no mesmo dia em que apoiadores e opositores de Le Pen marcharão em Paris, em manifestações separadas, após a direitista ter sido inabilitada a exercer cargos públicos por cinco anos.
A líder francesa descreveu sua condenação como "um ataque perpetrado pelos tribunais contra os líderes que protegem seu país e sua soberania".
"O ataque é muito violento e afeta todo o povo francês. Coloca em questão não só o meu futuro, mas o do país, o dos franceses, que não poderão eleger ou votar em um candidato que desejam para liderar nosso país, já que eu já era a favorita nas eleições presidenciais", denunciou.
"Nós obviamente lutaremos. Nunca nos curvaremos a essa violência. Nunca cederemos à violação da democracia. E usaremos todos os instrumentos legais disponíveis para concorrer às eleições presidenciais e impedir essa tentativa de minar o funcionamento democrático da França", acrescentou.
Le Pen advertiu ainda que essa "tentativa de manipulação" afeta todo o continente europeu e citou como exemplo as investigações envolvendo o partido português Chega, parceiro dela e de Salvini no grupo "Patriotas pela Europa" no Parlamento Europeu.
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