A nova versão também acusa o governo Biden de fazer uma campanha de "confusão e falta de resposta"
O governo de Donald Trump atualizou nesta sexta-feira (18) o site da Casa Branca com uma nova versão americana sobre as origens da Covid-19. Segundo a atual administração, a doença teve origem em um "incidente laboratorial" a partir do Instituto de Virologia de Wuhan, na China.
O novo site batizado de "Lab Leak" afirma que a versão do vazamento é "provavelmente a origem da Covid-19" e acusa o governo do ex-presidente Joe Biden de favorecer a narrativa mais alinhada às preferências dos eleitores democratas, de que o vírus teria surgido naturalmente.
O site atribui essa versão ao infectologista e ex-assessor médico de Biden, Anthony Fauci. "A publicação 'A Origem Proximal do SARS-CoV-2' — que foi utilizada repetidamente por autoridades de saúde pública e pela mídia para desacreditar a teoria do vazamento de laboratório — foi motivada pelo Dr. Fauci a promover a narrativa preferida de que a Covid-19 se originou naturalmente", diz o texto publicado pela Casa Branca.
A nova versão também acusa o governo Biden de fazer uma campanha de "confusão e falta de resposta" para tentar "ocultar evidências que poderiam incriminar ou constranger altos funcionários da saúde pública".
O site "Lab Leak" elenca cinco pontos principais para explicar a origem do vírus da Covid-19:
- O vírus possui uma característica biológica que não é encontrada na natureza.
- Os dados mostram que todos os casos de Covid-19 decorrem de uma única introdução em humanos. Isso contrasta com pandemias anteriores, nas quais houve múltiplos eventos de contágio.
- Wuhan abriga o principal laboratório de pesquisa sobre Sars da China, que tem um histórico de condução de pesquisas de ganho de função (alteração genética e sobrecarga de organismos) em níveis de biossegurança inadequados.
- Pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan (WIV) adoeceram com sintomas semelhantes aos da Covid no outono de 2019, meses antes de a Covid-19 ser descoberta no mercado de alimentos.
- Por quase todos os critérios científicos, se houvesse evidências de uma origem natural, elas já teriam surgido. Mas não surgiram.
Em janeiro deste ano, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) havia divulgado um relatório que também indicava o vazamento como a tese "mais provável" da origem da doença. Esse estudo foi produzido durante a gestão Biden, mas só foi publicado após a posse do novo diretor da CIA, John Ratcliff, nomeado por Trump.
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