Energia começa a voltar em Portugal e Espanha após apagão

Em Portugal, o governo do premiê Luís Montenegro decretou situação de crise energética. Na Espanha, foi decretada emergência nacional

Operadores de distribuição de energia da Espanha e de Portugal anunciaram nesta segunda-feira (28) que grande parte do fornecimento foi restabelecida nos dois países, os mais atingidos por um apagão na Europa cuja origem ainda não foi explicada.

Segundo informações do site português SAPO, o operador da rede de distribuição E-Redes informou que até as 21h30 locais (17h30 em Brasília) 147 subestações haviam sido religadas parcialmente, representando o abastecimento de cerca de 2 milhões de pessoas.

Entre as regiões em que o fornecimento de energia foi retomado, estão as de Coimbra, Porto, Guarda, Santarém e Lisboa. Ainda não há previsão de retorno em todo o país.

Em Portugal, o governo do premiê Luís Montenegro decretou situação de crise energética. Na Espanha, foi decretada emergência nacional.

A empresa espanhola Red Eléctrica informou em comunicado divulgado às 21h30 (16h30 de Brasília) que 48,2% do fornecimento havia sido restabelecido, com 66% das subestações da rede de transmissão religadas.

Segundo informações da agência EFE, o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, disse num pronunciamento em Madri que técnicos da Red Eléctrica estão trabalhando para "determinar as causas e resolver o problema o mais rápido possível", e as centrais de ciclo combinado e hidrelétricas foram reativadas em todo o país, o que "deve permitir que o fornecimento de eletricidade seja restaurado em toda a Espanha em breve".

O presidente disse que não há "informações conclusivas sobre os motivos desses cortes" e que portanto é melhor "não especular", e pediu aos cidadãos que obtenham informações por meio dos canais oficiais.

Em Portugal, Montenegro disse que espera que o fornecimento integral em todo o país seja restabelecido "nas próximas horas", e que caso isso se confirme, as escolas retomarão atividades nesta terça-feira (29).

"Não vemos razão para que não possam abrir amanhã numa situação de normalidade se não houver nenhuma perturbação neste processo de reabastecimento", afirmou o premiê.