Segundo Leavitt, a motivação chinesa permanece a mesma de outros países: explorar o mercado americano
O governo dos Estados Unidos enfatizou nesta terça-feira (15) que a responsabilidade por um eventual acordo comercial está nas mãos da China. Em entrevista coletiva, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Washington não fará concessões unilaterais e que Pequim precisa se mover primeiro para encerrar o impasse tarifário.
"A bola está no telhado deles. A China precisa chegar a um acordo conosco. Nós não precisamos fazer um acordo com eles", declarou.
A declaração reflete a posição firme da atual administração republicana, que retomou a política de confronto econômico com o regime comunista de Pequim. Leavitt reiterou que não há tratamento diferenciado para a China.
"Não há diferença entre a China e qualquer outro país, exceto que eles são muito maiores", pontuou. Para o governo Trump, o tamanho da economia chinesa não a isenta de cumprir regras comerciais justas nem lhe concede privilégios nas negociações com os Estados Unidos.
Segundo Leavitt, a motivação chinesa permanece a mesma de outros países: explorar o mercado americano.
"Em outras palavras, eles precisam do nosso dinheiro. O Presidente (Donald Trump) deixou bem claro que está aberto a um acordo com a China, mas a China precisa fazer esse acordo com os Estados Unidos", completou a porta-voz.
A atual fase da guerra comercial remonta à ofensiva iniciada por Trump ainda em seu primeiro mandato, marcada por tarifas recíprocas com diferentes parceiros comerciais. No caso da China, a resposta foi mais dura. Os Estados Unidos mantêm tarifas totais de 145% sobre produtos chineses. Em contrapartida, Pequim elevou suas taxas sobre importações americanas para até 125%.
Embora tenha flexibilizado algumas medidas com outros países, Trump decidiu manter uma política tarifária forte em relação à China, alegando práticas desleais, roubo de propriedade intelectual e desequilíbrio comercial. A estratégia visa pressionar o regime de Xi Jinping a aceitar novos termos para o comércio bilateral, que garantam maior equilíbrio e proteção à indústria americana.
Mesmo com impacto sobre os mercados e aumento dos custos de financiamento da dívida americana, o governo sinaliza que manterá a linha dura até que Pequim demonstre disposição real para negociar.
"Eles querem o consumidor americano", afirmou Leavitt, resumindo a leitura da Casa Branca sobre o interesse chinês.
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