Argentina libera arquivos secretos sobre nazistas que fugiram para o país

Um dos arquivos disponibilizados pelo governo argentino sobre o "Anjo da Morte", o nazista Josef Mengele (Foto: Divulgação/Arquivo Geral da Argentina)

Os documentos publicados nesta semana tiveram o sigilo retirado ainda na década de 1990, no entanto os arquivos ainda não tinham sido digitalizados

O governo da Argentina liberou uma série de arquivos secretos sobre nazistas que fugiram para o país após a Segunda Guerra Mundial. Ao todo, cerca de 1.850 documentos foram publicados no Arquivo Geral da Nação (AGN), nesta segunda-feira (28).

Entre os nazistas citados nos arquivos estão Josef Mengele, médico que ficou conhecido como "Anjo da Morte" por realizar experimentos sádicos com judeus no campo de concentração de Auschwitz; Adolf Eichmann, uma das lideranças nazistas que arquitetou o Holocausto; Martin Bormann, chefe da Chancelaria do Nazismo; e Walter Kutschmann, responsável pelo massacre de milhares de judeus poloneses.

Depois do tempo na Argentina, Mengele viveu no Brasil por 18 anos, no litoral de São Paulo, onde morreu afogado. Já Kutschmann foi encontrado morto a facadas em Atibaia, também no estado de São Paulo.

Os documentos publicados nesta semana tiveram o sigilo retirado ainda na década de 1990, no entanto os arquivos ainda não tinham sido digitalizados. Agora, podem sem acessados no site do Arquivo Geral da Argentina.

Na página do AGN, o governo informa que os documentos são resultados de "investigações conduzidas pela Diretoria de Relações Exteriores da Polícia Federal, pela Secretaria de Inteligência do Estado (SIDE) e pela Gendarmaria Nacional entre as décadas de 1950 e 1980".

Além dos arquivos sobre o nazismo, a Casa Rosada também publicou outros documentos até então secretos de presidentes anteriores, assinados entre 1957 e 2005, sobre assuntos diversos. Alguns deles citam decisões da presidência de María Estela Martínez de Perón. Todos os documentos estão disponíveis aqui.

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