Na sexta-feira, Trump disse que Riad poderá em breve aderir aos Acordos de Abraão
A Arábia Saudita precisa que a guerra contra o Hamas em Gaza chegue ao fim — e que algum tipo de estrutura para um Estado palestino seja articulada, ainda que pouco realista — antes que possa finalizar um acordo de normalização com Israel, disse neste domingo o presidente de uma organização sem fins lucrativos que promove a diplomacia israelo-árabe.
"Quando a Arábia Saudita assinar um acordo de normalização com Israel, isso marcará o fim do conflito árabe-israelense no Oriente Médio", afirmou Dan Feferman, presidente da Sharaka, durante a Cúpula Internacional de Políticas do JNS, em Jerusalém. "Pelo menos uma dúzia de outros países árabes seguirá o mesmo caminho."
Feferman alertou, no entanto, que Riad, como guardiã dos locais sagrados mais importantes do Islã, não pode ser vista como abandonando a causa palestina — mesmo que a liderança saudita reconheça que uma solução de dois Estados talvez não seja mais realista.
Na sexta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o reino [da Arábia Saudita] muito provavelmente se unirá aos quatro países árabes que assinaram os Acordos de Abraão com Jerusalém durante seu primeiro mandato.
"Acho que a Arábia Saudita vai entrar nos Acordos de Abraão. … Nós já tínhamos quatro países, tudo estava pronto. Teríamos fechado com muitos outros. Agora vamos recomeçar", afirmou ele, referindo-se aos Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão, que normalizaram relações com o Estado judeu em 2020.
Embora Trump não tenha especificado quando esse avanço diplomático poderá ocorrer, ele sugeriu que isso aconteça após sua viagem ao Oriente Médio no próximo mês, onde deverá visitar Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos.
"Há mudanças sísmicas em andamento no Oriente Médio, e só as veremos avançar sob a liderança de Donald Trump", disse Victoria Coates, vice-presidente do Instituto de Segurança Nacional e Política Externa da Heritage Foundation e ex-assessora adjunta de segurança nacional dos Estados Unidos, durante um painel sobre "O Novo Oriente Médio".
"A melhor coisa que Israel pode fazer é vencer esta guerra — então a paz com esses países virá em seguida", afirmou Bobby Rechnitz, presidente do Fórum dos Acordos de Abraão e empresário baseado em Los Angeles. Ele acrescentou que a cooperação econômica consolidaria a paz regional.
"Não é necessário esperar pela Arábia Saudita; eventualmente, eles se juntarão", disse Rechnitz.
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