UE aprova proposta para liberar 650 bilhões de euros para gastos em defesa

Líderes da UE em encontro em Bruxelas para discutir a guerra na Ucrânia e o aumento de gastos dos países do bloco em defesa (Foto: EFE/EPA/OLIVIER MATTHYS)

Outra proposta, para disponibilizar 150 bilhões de euros em empréstimos aos Estados-membros para investimentos em defesa, foi apresentada e será analisada

Líderes dos 27 países da União Europeia (UE) assinaram nesta quinta-feira (6) em Bruxelas uma medida para afrouxar regulamentações orçamentárias e permitir maiores investimentos em defesa.

A proposta, detalhada num comunicado da Comissão Europeia, permitirá que os Estados-membros aumentem despesas em defesa sem acionar o Procedimento de Déficit Excessivo.

"Por exemplo: se os Estados-membros aumentassem seus gastos de defesa em 1,5% do PIB em média, isso poderia criar um espaço fiscal de quase 650 bilhões de euros ao longo de um período de quatro anos", apontou o comunicado.

Outra proposta, para disponibilizar 150 bilhões de euros em empréstimos aos Estados-membros para investimentos em defesa, foi apresentada e será analisada "com urgência" pelos países do bloco, segundo informações da emissora britânica Sky News.

As duas propostas foram discutidas em Bruxelas num encontro emergencial que teve como tema a guerra na Ucrânia, além do aumento de gastos dos países da UE em defesa.

O Presidente americano, Donald Trump, vem cobrando que os países europeus gastem ao menos 5% do PIB em defesa, mais que o dobro da meta atual de 2% estabelecida para os países da Otan. Além disso, bloqueou ajuda externa, militar e de inteligência à Ucrânia, deixando claro que a defesa da Europa é de responsabilidade do continente.

Apesar do apoio da cúpula da UE e das maiores economias do bloco ao país invadido pelos russos (o presidente Volodymyr Zelensky esteve no encontro), o grupo não conseguiu unanimidade numa declaração de apoio à Ucrânia, que não foi assinada pela Hungria: o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, é aliado do ditador da Rússia, Vladimir Putin.

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