"Encontraremos, apreenderemos e deportaremos esses simpatizantes do terrorismo do nosso país — para nunca mais retornarem"
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (10) que a prisão do ativista palestino Mahmoud Khalil, um dos coordenadores dos protestos contra Israel na Universidade de Columbia, em Nova York, no ano passado, é apenas "a primeira de muitas" e acusou manifestantes pró-Palestina de serem "agitadores pagos", embora não tenha citado por quem.
"Seguindo minhas ordens executivas assinadas anteriormente, o ICE [Imigração e Alfândega dos EUA] orgulhosamente apreendeu e deteve Mahmoud Khalil, um estudante radical estrangeiro pró-Hamas no campus da Universidade de Columbia", escreveu Trump na rede Truth Social.
"Esta é a primeira prisão de muitas que virão. Sabemos que há mais estudantes na Universidade de Columbia e em outras universidades pelo país que se envolveram em atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas, e a administração Trump não tolerará isso. Muitos não são estudantes, são agitadores pagos", acusou o presidente.
Advogados de Khalil, que era estudante da Columbia e se formou em dezembro, disseram à agência Associated Press que o ativista palestino possui o green card, o visto de residência permanente nos Estados Unidos, mas que os agentes de imigração que o prenderam disseram que esse documento será revogado.
No ano passado, a Columbia foi palco de grandes protestos contra Israel devido à guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, inclusive com a ocupação de prédios da instituição.
"Encontraremos, apreenderemos e deportaremos esses simpatizantes do terrorismo do nosso país — para nunca mais retornarem. Se você apoia o terrorismo, incluindo o massacre de homens, mulheres e crianças inocentes, sua presença é contrária aos nossos interesses de política nacional e externa, e você não é bem-vindo aqui. Esperamos que todas as faculdades e universidades dos Estados Unidos colaborem", escreveu Trump.
Em comunicado, a organização civil Conselho de Relações Americanas-Islâmicas alegou que Khalil "é um residente permanente legal de nossa nação que não foi acusado ou condenado por nenhum crime", que os protestos em Columbia liderados por ele foram "pacíficos" e que sua prisão representa um ataque à liberdade de expressão.
Na sexta-feira (7), o governo dos EUA anunciou o cancelamento de repasses somando aproximadamente US$ 400 milhões para a Universidade de Columbia, relativos a subsídios e contratos federais, alegando "contínua inação da instituição diante do assédio persistente a estudantes judeus".
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