Em 2018, Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear que havia sido assinado em 2015 entre o Irã e seis potências
A carta que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou no início do mês ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, para que Washington e Teerã negociem um novo acordo nuclear, estabeleceu um prazo de dois meses para que o compromisso seja acertado.
A informação foi publicada nesta quarta-feira (19) pelo site Axios, que apurou o assunto junto a um funcionário do governo dos Estados Unidos e duas fontes informadas sobre a carta.
O Axios afirmou que não está claro se esse prazo de dois meses começou a ser contado a partir do momento em que a carta foi entregue ou será válido a partir do início das negociações.
Porém, ao fim desse período, as chances de ação militar dos Estados Unidos ou de Israel contra as instalações nucleares do Irã "aumentariam drasticamente", informou o site.
No último dia 7, Trump falou sobre o envio da carta a Khamenei em entrevista à emissora Fox Business. "Escrevi uma carta dizendo que espero que eles negociem, porque se tivermos que intervir militarmente, será terrível para eles", disse o presidente americano.
Em 2018, Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear que havia sido assinado em 2015 entre o Irã e seis potências, para que o programa nuclear iraniano se restringisse a fins pacíficos, e retomou sanções a Teerã.
Entretanto, desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, o republicano vem pressionando o Irã para que faça outro acordo.
Após a notícia do envio da carta, Khamenei e o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, menosprezaram as tentativas de negociações por parte dos Estados Unidos, mas o Ministério das Relações Exteriores iraniano informou no início desta semana que a carta de Trump ainda está sendo estudada e uma resposta está sendo preparada.
Os relatórios mais recentes da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) indicaram que o Irã está enriquecendo urânio a níveis próximos do necessário para construir armas nucleares.
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