"O Hamas e seus aliados, tanto no Oriente Médio quanto igualmente vergonhosamente no Ocidente, buscaram negar as atrocidades"
Um grupo de parlamentares do Reino Unido divulgou neste mês o chamado Relatório Roberts, o estudo mais aprofundado sobre os ataques terroristas do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, com destaque para as tentativas de negar os massacres – inclusive no Ocidente.
A investigação foi encomendada pelo Grupo Parlamentar de Todos os Partidos do Reino Unido sobre questões envolvendo o país e Israel e presidida pelo historiador Andrew Roberts, membro da Câmara dos Lordes, a câmara alta do Legislativo britânico.
A pesquisa gerou um relatório de mais de 300 páginas, baseado em evidências forenses, depoimentos de sobreviventes e imagens.
"O relatório expõe a natureza premeditada e sistemática do ataque, refuta narrativas falsas e ressalta a brutalidade que o Hamas infligiu a civis inocentes", apontou o Congresso Mundial Judaico, entidade que congrega comunidades e organizações de judeus pelo mundo.
O documento recapitulou que os terroristas do Hamas mataram 1.182 pessoas, feriram mais de 4 mil e sequestraram 251 reféns, incluindo 18 cidadãos britânicos; 73% das vítimas fatais eram civis.
O Relatório Roberts apontou que, na preparação de anos para os ataques, o Hamas construiu comunidades israelenses "simuladas" para treinamento. Os terroristas entraram em Israel carregando listas detalhadas de civis a serem mortos ou sequestrados.
O documento citou a brutalidade dos ataques, com famílias inteiras sendo queimadas vivas ou explodidas com granadas, mortes de bebês, violência sexual generalizada e mutilações – inclusive casos de decapitações.
A respeito de ferramentas digitais, o Relatório Roberts detalhou como o Hamas usou as redes sociais para transmitir ao vivo ou postar imagens dos massacres, e depois disseminou desinformação para negar que os massacres haviam ocorrido.
"A negação do Holocausto levou alguns anos para criar raízes em setores da sociedade, mas em 7 de outubro de 2023 levou apenas algumas horas para que as pessoas alegassem que os massacres no sul de Israel não haviam ocorrido", apontou o documento.
"O Hamas e seus aliados, tanto no Oriente Médio quanto igualmente vergonhosamente no Ocidente, buscaram negar as atrocidades, apesar do fato irônico de que muitas das evidências dos massacres derivam de filmagens de câmeras carregadas pelos próprios terroristas", destacou o relatório.
Roberts afirmou que a investigação servirá como "um recurso duradouro para governos, educadores e sociedade civil, salvaguardando a verdade contra o negacionismo e a distorção". A íntegra do estudo está disponível neste link.
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