Putin promete a Trump poupar as vidas dos militares ucranianos que se renderem em Kursk

Ditador russo disse que soldados que se renderem serão tratados segundo normas do direito internacional, mas acusou ucranianos de crimes contra a população civil (Foto: EFE/EPA/MIKHAIL METZEL/SPUTNIK/KREMLIN POOL)

"Pedi com firmeza ao presidente 
Putin para que poupe essas vidas. Isso seria um massacre horrível, não visto desde a Segunda Guerra Mundial"


O ditador da Rússia, Vladimir Putin, prometeu nesta sexta-feira (14) garantir a vida e o tratamento digno dos militares ucranianos cercados por tropas russas na região de Kursk, conforme solicitado pelo presidente americano, Donald Trump.

"Se eles depuserem as armas e se renderem, terão suas vidas garantidas e tratamento decente de acordo com as normas do direito internacional", disse o chefe do Kremlin em uma reunião virtual com membros do Conselho de Segurança russo.

Putin afirmou que a Rússia "entende" o pedido de caráter humanitário de Trump, embora tenha acusado os militares ucranianos de "múltiplos crimes contra a população civil" de Kursk, que as tropas de Kiev invadiram em agosto de 2024 e onde Moscou lançou uma grande ofensiva nas últimas semanas, recapturando grandes partes do território.

Ao mesmo tempo, enfatizou que, para que o apelo de Trump seja efetivamente implementado, a liderança política e militar da Ucrânia deve ordenar que as tropas entrincheiradas em Kursk deponham as armas e se rendam.

Sobre as relações com Washington, Putin, que dedicou esta reunião com o Conselho de Segurança ao restabelecimento dos laços com os EUA, afirmou que "a situação começou a mudar". "Vamos ver o que sai disso", afirmou.

O mandatário americano disse hoje que as conversas de seu governo com Putin foram "muito boas e produtivas" e declarou que há uma "chance muito boa" de que a "horrível e sangrenta" guerra na Ucrânia chegue ao fim.

Ao mesmo tempo, enfatizou que "neste momento, milhares de soldados ucranianos estão completamente cercados pelo Exército russo e em uma posição muito ruim e vulnerável".

"Pedi com firmeza ao presidente Putin para que poupe essas vidas. Isso seria um massacre horrível, não visto desde a Segunda Guerra Mundial. Deus abençoe a todos eles!", escreveu em sua rede Truth Social.

Ontem, uma delegação americana liderada pelo enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, reuniu-se em Moscou com Putin para discutir a oferta de cessar-fogo de 30 dias com a Ucrânia, acertada esta semana na Arábia Saudita entre Washington e Kiev.

O próprio Putin garantiu que é a favor da trégua, mas advertiu que vê problemas em sua implementação e verificação, e considerou desejável falar por telefone com Trump.

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