"Pedi com firmeza ao presidente Putin para que poupe essas vidas. Isso seria um massacre horrível, não visto desde a Segunda Guerra Mundial"
O ditador da Rússia, Vladimir Putin, prometeu nesta sexta-feira (14) garantir a vida e o tratamento digno dos militares ucranianos cercados por tropas russas na região de Kursk, conforme solicitado pelo presidente americano, Donald Trump.
"Se eles depuserem as armas e se renderem, terão suas vidas garantidas e tratamento decente de acordo com as normas do direito internacional", disse o chefe do Kremlin em uma reunião virtual com membros do Conselho de Segurança russo.
Putin afirmou que a Rússia "entende" o pedido de caráter humanitário de Trump, embora tenha acusado os militares ucranianos de "múltiplos crimes contra a população civil" de Kursk, que as tropas de Kiev invadiram em agosto de 2024 e onde Moscou lançou uma grande ofensiva nas últimas semanas, recapturando grandes partes do território.
Ao mesmo tempo, enfatizou que, para que o apelo de Trump seja efetivamente implementado, a liderança política e militar da Ucrânia deve ordenar que as tropas entrincheiradas em Kursk deponham as armas e se rendam.
Sobre as relações com Washington, Putin, que dedicou esta reunião com o Conselho de Segurança ao restabelecimento dos laços com os EUA, afirmou que "a situação começou a mudar". "Vamos ver o que sai disso", afirmou.
O mandatário americano disse hoje que as conversas de seu governo com Putin foram "muito boas e produtivas" e declarou que há uma "chance muito boa" de que a "horrível e sangrenta" guerra na Ucrânia chegue ao fim.
Ao mesmo tempo, enfatizou que "neste momento, milhares de soldados ucranianos estão completamente cercados pelo Exército russo e em uma posição muito ruim e vulnerável".
"Pedi com firmeza ao presidente Putin para que poupe essas vidas. Isso seria um massacre horrível, não visto desde a Segunda Guerra Mundial. Deus abençoe a todos eles!", escreveu em sua rede Truth Social.
Ontem, uma delegação americana liderada pelo enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, reuniu-se em Moscou com Putin para discutir a oferta de cessar-fogo de 30 dias com a Ucrânia, acertada esta semana na Arábia Saudita entre Washington e Kiev.
O próprio Putin garantiu que é a favor da trégua, mas advertiu que vê problemas em sua implementação e verificação, e considerou desejável falar por telefone com Trump.
0 Comentários