O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, recusou-se no sábado a negociar com países "arrogantes" que insistem nisso, em uma aparente referência a Trump
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou nesta terça-feira (11) que não negociará sob "ameaças" dos Estados Unidos e disse ao presidente desse país, Donald Trump, que ele "faça o que quiser".
"Quando você me ameaça, eu não quero negociar com você. Faça o que quiser", declarou Pezeshkian em discurso em referência a Trump.
O chefe de governo iraniano opinou que o Presidente dos EUA deveria ter "vergonha" da forma como tratou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em uma aparente referência à discussão acalorada que tiveram na Casa Branca em 28 de fevereiro.
Teerã e Washington trocaram mensagens públicas nos últimos dias sobre possíveis negociações sobre o programa nuclear do Irã, seu programa de mísseis e o apoio iraniano a grupos terroristas como Hamas e Hezbollah.
Trump anunciou na última sexta-feira que havia enviado uma carta ao Irã pedindo que o país negociasse, a qual Teerã diz não ter recebido, e fez uma referência velada a uma possível ação militar.
Após seu retorno ao poder, Trump pediu várias vezes para negociar com o Irã, mas ao mesmo tempo retomou a chamada política de "pressão máxima" contra o país e aprovou novas sanções para cortar a venda de petróleo iraniano.
Em 2018, Trump abandonou o pacto nuclear de 2015, assinado entre o Irã e seis potências e que limitava o programa nuclear iraniano em troca da suspensão de sanções, que foi negociado durante a presidência de Barack Obama.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, recusou-se no sábado a negociar com países "arrogantes" que insistem nisso, em uma aparente referência a Trump.
Após a saída dos EUA do acordo nuclear, o Irã está enriquecendo urânio muito acima do nível permitido e já tem 274 quilos enriquecidos a 60% de pureza, perto de 90% para uso militar, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).
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