Pela TV, rebeldes houthis no Iêmen falam em 'resposta' ao ataque dos EUA

Yahya Sarea, porta-voz militar dos houthis, fez um pronunciamento na TV do Iêmen falando sobre a resposta aos ataques dos EUA. (Foto: EFE / Yahya Arhab)

O porta-voz ainda afirmou que os ataques dos EUA aumentaram a fé, a firmeza e a resiliência do povo

Em um pronunciamento emitido neste domingo (16), um representante dos houthis afirmou que o grupo xiita respondeu ao ataque lançado por forças dos Estados Unidos contra Sanaa, capital do Iêmen. Ao menos nove pessoas morreram e outras nove ficaram feridas após as investidas ordenadas pelo Presidente Donald Trump.

"Em resposta a essa agressão, as Forças Armadas (houthis) realizaram uma operação militar específica dirigida contra o porta-aviões americano USS Harry S. Truman e seus navios de guerra no norte do Mar Vermelho com 18 mísseis balísticos e de cruzeiro e um drone", disse o porta-voz militar dos houthis, Yahya Sarea, em um pronunciamento pela TV.

Segundo Sarea, os Estados Unidos lançaram "mais de 47 ataques aéreos contra diversas áreas nas províncias de Sanaa, Saada, Al Bayda, Hajjah, Dhamar, Marib e Al Jawf", resultando em "vários massacres que deixaram dezenas de mártires e feridos”, sem fornecer mais detalhes.

O porta-voz ainda afirmou que os ataques dos EUA aumentaram a fé, a firmeza e a resiliência do povo. "Com a ajuda de Alá Todo-Poderoso, as Forças Armadas do Iêmen continuarão a impor um bloqueio naval ao inimigo israelense e proibirão seus navios de entrar na área de operações declarada até que ajuda e necessidades básicas cheguem à Faixa de Gaza", completou.

Número de mortos e feridos foi maior, diz representante dos houthis

Os números de vítimas divulgados por Trump foram contestados pelo porta-voz do Ministério da Saúde dos houthis, Anees al Asbahi. Segundo ele, os ataques norte-americanos deixaram um saldo de "31 mortos e 131 feridos, todos civis e a maioria deles crianças e mulheres".

O movimento insurgente iemenita apoiado pelo Irã lançou centenas de ataques contra Israel, bem como contra navios comerciais nos mares Vermelho e Arábico, desde 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu o território israelense por céu, terra e mar iniciando uma guerra que se estende até os dias atuais.

Por sua parte, Estados Unidos e Reino Unido lideram uma coalizão que lançou ataques em diversas ocasiões contra o território iemenita.

Trump declarou que ordenou que as Forças Armadas dos EUA realizassem essa manobra militar por considerar que os houthis "travaram uma campanha implacável de pirataria, violência e terrorismo contra embarcações, aeronaves e drones americanos e de outros países".

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