O premiê decidirá os próximos passos nas negociações numa reunião com a cúpula do seu governo no sábado (15)
O Gabinete do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou nesta sexta-feira (14) o Hamas, por não ter aceitado uma proposta mais abrangente dos Estados Unidos para libertar os reféns que seguem nas mãos do grupo terrorista na Faixa de Gaza.
Mais cedo, o Hamas havia anunciado que concordou em libertar o soldado Edan Alexander, que tem cidadania americana e israelense, e os corpos de outros quatro reféns, também com nacionalidade dos dois países.
O Hamas não informou os nomes desses reféns mortos, mas, segundo o jornal The Times of Israel, autoridades israelenses informaram que os corpos de quatro reféns com cidadania americana-israelense permanecem em Gaza: o casal de idosos Judith Weinstein e Gadi Haggai e os soldados Omer Neutra e Itay Chen.
Israel criticou o Hamas porque o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, havia apresentado uma proposta bem mais abrangente, aceita pelos israelenses: libertar dez reféns vivos imediatamente, um cessar-fogo até o fim da Páscoa e a libertação de todos os reféns restantes se um acordo for alcançado para encerrar a guerra.
"Embora Israel tenha aceitado a proposta de Witkoff, o Hamas permanece firme em sua recusa e não cedeu um milímetro", afirmou em comunicado o gabinete de Netanyahu, que acusou o grupo terrorista de "manipulação e guerra psicológica".
O premiê decidirá os próximos passos nas negociações numa reunião com a cúpula do seu governo no sábado (15).
No atual cessar-fogo em Gaza, que entrou em vigor em janeiro, mas cujo prazo original expirou na semana retrasada, 25 reféns israelenses vivos e restos mortais de outros oito foram entregues pelo Hamas. Em troca, Israel libertou cerca de 1,8 mil prisioneiros palestinos.
Dos 251 reféns que o Hamas sequestrou nos atentados de 7 de outubro de 2023, 59 ainda estão retidos em Gaza; 24 deles estão vivos, segundo informações do governo israelense.
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