O cansaço dos habitantes da Faixa de Gaza após mais de um ano de guerra se refletiu nos últimos dias em protestos sem precedentes realizados em diferentes partes do enclave
O Gabinete do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou neste sábado que apresentou uma contraproposta aos mediadores e "em total coordenação com os Estados Unidos" para a libertação de reféns e um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu realizou ontem uma série de consultas após a proposta recebida dos mediadores. Nas últimas horas, Israel apresentou sua contraproposta aos mediadores em total coordenação com os Estados Unidos", diz o comunicado.
O anúncio de Israel foi feito depois que o Hamas afirmou neste sábado que estava "disposto a libertar um pequeno número de reféns", desde que o governo de Netanyahu garantisse um cessar-fogo durante o feriado de Eid al-Fitr, que começa no domingo e marca o fim do Ramadã, o mês sagrado do Islã, disse à Agência EFE uma fonte egípcia próxima às negociações.
De acordo com a imprensa local, que cita uma fonte israelense próxima às negociações, essa nova proposta egípcia prevê um cessar-fogo de 50 dias e a entrega de cinco reféns vivos.
Entre os reféns que o Hamas libertaria, de acordo com o informante egípcio, estaria o militar israelense-americano Edan Alexander, de 21 anos, uma exigência do Presidente Donald Trump que, ao mesmo tempo, prometeu abordar a retomada do diálogo para conseguir "um fim permanente para os combates".
O cansaço dos habitantes da Faixa de Gaza após mais de um ano de guerra se refletiu nos últimos dias em protestos sem precedentes realizados em diferentes partes do enclave contra o regime do Hamas e pelo fim dos ataques israelenses.
No enclave, ainda há 59 reféns (Israel estima que cerca de 20 deles estejam mortos) nas mãos de grupos palestinos, cuja entrega havia sido contemplada na segunda fase do acordo de cessar-fogo que Israel bloqueou no início de março.
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