Hamas exige fim da guerra e entrada de ajuda para libertar refém israelense-americano

Apoiadores do Hamas, em Gaza (Foto: EPA/MOHAMMED SABER)

Em troca, Israel libertaria 120 prisioneiros condenados à prisão perpétua, 1.110 detidos palestinos da Faixa de Gaza e 160 corpos


O grupo terrorista Hamas reiterou neste sábado (15) sua disposição de libertar o soldado israelense-americano Edan Alexander em troca de um "início simultâneo" das negociações para a implementação da segunda fase do acordo de cessar-fogo – que inclui o fim da guerra e a retirada das tropas israelenses – bem como da "abertura imediata" das passagens de fronteiras.

Em uma declaração oficial, o membro do gabinete político do Hamas, Basem Naim, confirmou que o grupo quer libertar Alexander, junto com os restos mortais de outros quatro soldados, como "parte de um acordo excepcional" em troca do qual um número ainda a ser negociado de detidos e prisioneiros palestinos seria libertado.

No entanto, ressaltou que, para que isso aconteça, Israel deve garantir "o início simultâneo das negociações para a implementação da segunda fase do acordo de cessar-fogo", bem como a "abertura imediata" das passagens de Gaza para a entrada de ajuda humanitária, conforme previamente pactuado pelas partes.

"A resposta do Hamas à última proposta dos Estados Unidos se baseia no acordo de cessar-fogo de três fases assinado por todas as partes em 17 de janeiro de 2025", disse, Naim.

Por essa razão, disse que não haveria acordo se Israel não se retirasse do Corredor Filadélfia "conforme estipulado na primeira fase" e indicou que as negociações para a segunda fase devem ser concluídas em 50 dias com as garantias dos mediadores, como também estava pactuado.

Segundo a emissora de televisão do Catar, "Al Jazeera" (proibido em território israelense), Israel está exigindo a libertação de 11 reféns vivos, incluindo Edan Alexander, bem como a devolução de 16 corpos de reféns.

Em troca, Israel libertaria 120 prisioneiros condenados à prisão perpétua, 1.110 detidos palestinos da Faixa de Gaza e 160 corpos.

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