O grupo justifica a manifestação como uma resposta ao que chama de "ataques existenciais do Estado contra o movimento estudantil e a educação popular"
Grupos de estudantes radicais pró-palestinos estão convocando professores, alunos e funcionários de diversas universidades dos Estados Unidos para realizarem protestos que visam paralisar as atividades acadêmicas e "tomar o controle" dos campi universitários. A iniciativa, segundo informações do jornal Jerusalem Post, é liderada pelo grupo National Students for Justice in Palestine (NSJP), que publicou uma convocação nesta segunda-feira (10) em suas redes sociais, instigando um ato em massa para esta terça-feira (11).
"Convocamos a mais ampla gama de organizações, formações e indivíduos para abandonarem as aulas, tomarem os espaços centrais dos campi e afirmarem nosso poder coletivo", declarou o NSJP. O grupo justifica a manifestação como uma resposta ao que chama de "ataques existenciais do Estado contra o movimento estudantil e a educação popular".
A convocação recebeu apoio de outros oito grupos ativistas, incluindo o Palestinian Youth Movement, City University of New York for Palestine e US Campaign for Palestinian Rights Action. Segundo os organizadores, as ações também são uma reação ao endurecimento das medidas do governo norte-americano contra manifestações de caráter anti-Israel nas universidades.
A mobilização acontece poucos dias após o governo do Presidente Donald Trump anunciar o cancelamento de US$ 400 milhões em subsídios e contratos federais destinados à Universidade de Columbia, em Nova York, epicentro de violentas manifestações contra Israel no ano passado. Segundo os grupos pró-Palestina, a medida seria uma forma de "controle da academia" pelo governo.
"A unidade entre estudantes e comunidades em resposta aos ataques fascistas é essencial neste momento", afirmaram os organizadores da mobilização em nota conjunta.
Desde os ataques terroristas do Hamas contra Israel no dia 7 de outubro de 2023, que deixaram centenas de mortos e desencadearam a guerra em Gaza, as manifestações pró-Palestina nas universidades dos EUA se intensificaram, muitas vezes sendo marcadas por discursos de ódio contra judeus e apelos à destruição do Estado de Israel. Nessas manifestações, grupos radicais invadiram prédios e realizaram atos violentos nas universidades norte-americanas em apoio à "causa palestina" e contra Israel.
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