Governo Trump prende manifestante palestina por exceder prazo de permanência nos EUA

Manifestação nesta sexta-feira (14) pela libertação do ativista palestino Mahmoud Khalil na Universidade de Columbia, em Nova York (Foto: EFE/EPA/SARAH YENESEL)

O visto de 
Kordia havia sido rescindido em janeiro de 2022 por "falta de comparecimento" às aulas, segundo o DHS


Autoridades federais de imigração dos Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (14) a prisão de mais uma ativista palestina que participou de protestos contra Israel na Universidade de Columbia, em Nova York, no ano passado.

Segundo informações da agência Associated Press, o Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) do governo do Presidente Donald Trump informou que Leqaa Kordia, uma palestina da Cisjordânia, foi presa por agentes de imigração por exceder o prazo de permanência do seu visto de estudante.

O visto de Kordia havia sido rescindido em janeiro de 2022 por "falta de comparecimento" às aulas, segundo o DHS.

Antes da detenção anunciada hoje pelo departamento, a ativista palestina já havia sido presa anteriormente por participar de protestos na Universidade de Columbia em abril de 2024.

O DHS acrescentou que o governo Trump revogou o visto de Ranjani Srinivasan, uma cidadã indiana e doutoranda na Universidade de Columbia, por acusações de "defender a violência e o terrorismo". A estudante teria optado por "se autodeportar" na terça-feira (11), cinco dias após seu visto ter sido revogado.

Segundo a NBC News, Srinivasan foi acusada de "apoio ao Hamas". "É um privilégio receber um visto para viver e estudar nos Estados Unidos da América", disse a secretária do DHS, Kristi Noem, em uma declaração. "Quando você defende a violência e o terrorismo, esse privilégio deve ser revogado, e você não deveria estar neste país."

No último fim de semana, agentes de imigração haviam prendido o ativista palestino Mahmoud Khalil, um dos coordenadores dos protestos contra Israel em Columbia e que era estudante da universidade e se formou em dezembro.

O ativista palestino possui o green card, o visto de residência permanente nos Estados Unidos, mas Trump disse que ele e outros estudantes universitários que participaram de protestos contra Israel serão deportados. O republicano os acusou de serem "simpatizantes do terrorismo".

Um juiz de Nova York proibiu nesta semana a deportação de Khalil por tempo indeterminado.

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