EUA rejeitam plano do Egito para Gaza por não atender 'exigências' de Trump

O Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: Jeffrey Phelps/EFE/EPA)

O plano do Egito para a reconstrução da Faixa de Gaza, 
estipula que o enclave levará mais de cinco anos para ser reabilitado e exigirá US$ 53 bilhões


O governo dos Estados Unidos informou nesta quinta-feira (6) que o plano de reconstrução da Faixa de Gaza proposto pelo Egito "não cumpre as expectativas" do Presidente Donald Trump.

"O acordo árabe não atende aos requisitos ou à natureza do que o Presidente Trump estava pedindo", relatou a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, em sua primeira entrevista coletiva desde que o novo governo assumiu o cargo.

Bruce comentou que "claramente o esforço para continuar a tratar dessa questão precisa continuar".

A porta-voz garantiu que o principal objetivo do governo Trump é "alcançar a paz na região e que ela não continue a ser um problema constante", e insistiu que a proposta do Egito "não cumpre as expectativas de Washington".

O plano do Egito para a reconstrução da Faixa de Gaza, devastada pela guerra desencadeada pelos ataques terroristas do Hamas contra Israel em outubro de 2023, estipula que o enclave levará mais de cinco anos para ser reabilitado e exigirá US$ 53 bilhões.

A proposta foi aprovada por uma cúpula de países árabes que se reuniu para expressar a rejeição do plano de Trump de deslocar os habitantes da Faixa de Gaza e elaborar uma alternativa.

Trump detalhou seu plano depois de se reunir com o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em fevereiro na Casa Branca, onde declarou sua intenção de realocar os habitantes de Gaza para os países vizinhos e sugeriu a construção de um empreendimento imobiliário no enclave apelidado de "Riviera do Oriente Médio".

As intenções de Trump foram repudiadas pelos palestinos e pela comunidade árabe, que o acusam de tentar fazer uma "limpeza étnica no enclave".

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