Lituânia, Polônia, França e Alemanha reforçam suas defesas; Reino Unido não segue o mesmo caminho
Autoridades dos Estados Unidos e da Ucrânia iniciaram conversas na Arábia Saudita em 23 de março sobre planos para proteger instalações de energia e infraestrutura crítica, de acordo com o ministro da Defesa da Ucrânia. As conversas fazem parte de negociações mais amplas sobre um possível cessar-fogo parcial para pôr fim a três anos de guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
A reunião foi realizada um dia antes de as delegações dos EUA e da Rússia se reunirem para conversas sobre uma trégua de 30 dias, o que faria com que ambos os lados parassem de atacar a infraestrutura de energia um do outro. A Rússia declarou que sua reunião de 24 de março com autoridades norte-americanas se concentrará em encontrar maneiras de preservar a segurança da navegação no Mar Negro.
Ambas as reuniões estão ocorrendo após uma série de discussões na Arábia Saudita, primeiro entre a Rússia e os Estados Unidos e, mais tarde, entre a Ucrânia e os Estados Unidos, que viram Kiev aceitar uma proposta de cessar-fogo de 30 dias.
O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, disse à Fox News em 23 de março que estava otimista quanto à possibilidade de encerrar o que se tornou o conflito militar mais mortal da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
"Sinto que [o presidente russo Vladimir Putin] quer a paz", disse Witkoff.
"Acho que você verá na Arábia Saudita, na segunda-feira, algum progresso real, especialmente no que diz respeito a um cessar-fogo no Mar Negro em navios entre os dois países. E, a partir daí, você naturalmente verá em um cessar-fogo de tiroteio total."
O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, está liderando a delegação do país na reunião de 23 de março, o que permite que a Ucrânia aja de forma "muito rápida e muito substantiva", de acordo com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy.
No entanto, as autoridades ucranianas disseram que consideram a reunião em Riad como simplesmente técnica.
Em 21 de março, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Heorhii Tykhyi, disse que as delegações da Ucrânia e dos EUA estavam preparadas para "esclarecer as modalidades, as nuances de possíveis regimes de cessar-fogo diferentes, como monitorá-los, como controlá-los, em geral, o que está incluído em seu escopo".
Putin, em 18 de março, concordou com o plano do Presidente Donald Trump para que a Rússia e a Ucrânia cessassem os ataques às infraestruturas de energia uma da outra por 30 dias, com Putin ordenando que os militares russos os interrompessem.
Tanto a Rússia quanto a Ucrânia relataram ataques contínuos do outro lado, e a Rússia continua avançando lentamente no leste da Ucrânia.
Em 22 de março, Trump disse que os planos para acabar com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia estavam "de certa forma sob controle".
Autoridades ucranianas disseram em 23 de março que um ataque de drones russos em grande escala durante a noite em Kiev matou pelo menos três pessoas, incluindo uma criança de 5 anos. Os ataques incendiaram prédios de apartamentos altos e danificaram áreas da capital.
Também em 23 de março, as autoridades russas disseram que suas defesas aéreas haviam abatido 59 drones ucranianos que tinham como alvo as áreas do sudoeste do país. Segundo elas, os ataques mataram pelo menos uma pessoa em Rostov.
A Rússia lançou uma invasão em grande escala da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, uma escalada da Guerra Russo-Ucraniana que começou em 2014 depois que a Rússia anexou a Crimeia.
Em 20 de março, o Ministério da Defesa do Reino Unido estimou que algo entre 200.000 e 250.000 soldados russos morreram desde o início de 2022.
Zelenskyy disse em dezembro de 2024 que cerca de 43.000 soldados ucranianos haviam sido mortos desde então.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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