"Se eles disserem não, então, infelizmente, saberemos qual é o impedimento para a paz aqui", alertou
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse nesta terça-feira (11) que "a bola está com a Rússia", após o anúncio de que a Ucrânia aceitou uma proposta dos Estados Unidos de cessar-fogo por 30 dias na guerra entre os dois países do leste europeu.
"Esperamos que eles digam sim, que digam sim à paz. A bola agora está com eles", disse Rubio a jornalistas em Jeddah, na Arábia Saudita, após uma reunião de oito horas com representantes de Kiev.
"Se eles disserem não, então, infelizmente, saberemos qual é o impedimento para a paz aqui", alertou, segundo informações da emissora CNN.
Rubio disse que o acordo sobre a cessão de terras raras e outros recursos naturais da Ucrânia para os Estados Unidos – que gerou um bate-boca entre os presidentes Volodymyr Zelensky e Donald Trump e o vice J. D. Vance na Casa Branca em fevereiro, já que o ucraniano alegou que o compromisso não previa garantias de segurança futura – não foi o assunto principal das conversas em Jeddah, mas deve ser finalizado em breve.
"Ambos os presidentes instruirão os membros apropriados de nossos governos para finalizar a assinatura deste acordo, então é isso que foi comunicado hoje. E vai acontecer", afirmou o secretário de Estado.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Mike Waltz, disse que levará a proposta de cessar-fogo temporário aos russos nos próximos dias.
"A delegação ucraniana hoje deixou algo muito claro: que eles compartilham a visão do presidente Trump para a paz", disse Waltz.
O conselheiro reiterou o que havia sido informado num comunicado conjunto de Kiev e Washington, de que o bloqueio americano à ajuda militar e de inteligência à Ucrânia, anunciado na semana passada, foi suspenso.
Mais cedo, no seu discurso noturno à população ucraniana, Zelensky já havia falado que agora cabe à Rússia dar uma resposta.
"A Ucrânia aceita esta proposta, nós a consideramos positiva, estamos prontos para dar esse passo, e os Estados Unidos da América devem convencer a Rússia a fazê-lo", acrescentou.
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