Diante das ameaças de Pequim, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou nesta quarta em entrevista à Fox News que os Estados Unidos não irão recuar
Após o Presidente dos EUA, Donald Trump, confirmar nesta semana a elevação das tarifas sobre produtos chineses para 20%, o regime comunista de Pequim reagiu com uma ameaça direta, declarando que está "preparado para qualquer tipo de guerra". O alerta, feito pelo porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Lin Jian, elevou as tensões entre as duas maiores economias do mundo e sinalizou um endurecimento da disputa comercial.
"Se o que os Estados Unidos querem é uma guerra, seja uma guerra tarifária, uma guerra comercial ou qualquer outro tipo de guerra, estamos dispostos a lutar até o fim", declarou Lin Jian em um comunicado publicado no X nesta quarta-feira (5). A declaração, além de rejeitar as novas tarifas americanas, sugere pela primeira vez um confronto mais amplo entre as duas potências.
O governo Trump anunciou nesta terça-feira (4) o aumento das tarifas como parte de uma estratégia para pressionar Pequim a tomar medidas mais rígidas contra o tráfico de fentanil, substância que tem devastado comunidades nos EUA. No entanto, o regime chinês minimizou o problema e acusou Washington de usar a crise das drogas como "uma desculpa frágil" para atacar sua economia.
Segundo informações da Associated Press (AP), poucas horas após a ameaça de Pequim, a Assembleia Nacional Popular da China, o Parlamento comunista, aprovou um aumento de 7,2% no orçamento militar para 2025, elevando os investimentos em defesa para cerca de US$ 245 bilhões. Segundo o regime de Xi Jinping, a ampliação dos gastos busca "modernizar" suas forças armadas e "garantir a segurança nacional", mas especialistas apontam que o objetivo é reforçar seu poderio militar diante dos EUA e seus aliados na região.
Diante das ameaças de Pequim, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou nesta quarta em entrevista à Fox News que os Estados Unidos não irão recuar e também estão prontos para enfrentar qualquer desafio.
"Estamos preparados", declarou Hegseth durante a entrevista. "Aqueles que desejam a paz devem se preparar para a guerra. É por isso que estamos reconstruindo nossas forças armadas e restabelecendo a dissuasão por meio da força", enfatizou.
O chefe do Pentágono alertou que a China está expandindo sua capacidade militar com o objetivo de "substituir os Estados Unidos como potência global" e reforçou a necessidade de manter a superioridade militar americana. "Se queremos evitar um conflito com a China ou qualquer outro adversário, precisamos ser fortes", destacou.
Apesar do tom firme, Hegseth afirmou que Trump mantém um "bom relacionamento" com o ditador chinês, Xi Jinping, e que seu governo continuará trabalhando para alcançar "oportunidades históricas de paz". No entanto, deixou claro que Washington não aceitará intimidações nem cederá às pressões do Partido Comunista Chinês (PCCh).
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