Cruz Vermelha pede que novas trocas de reféns e presos ocorram de forma 'digna e privada'

Um comboio da Cruz Vermelha transporta ex-prisioneiros palestinos que foram libertados por Israel como parte de um acordo de cessar-fogo com o Hamas, em Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza, 25 de janeiro de 2025. (Foto: HAITHAM IMAD / EFE)

"O CICV está pronto para facilitar outras operações de libertação como intermediário humanitário nos próximos dias e semanas"

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) expressou neste sábado (8) sua "preocupação" com as condições a respeito da libertação de reféns e prisioneiros entre Israel e Hamas após a quinta troca. O Comitê pediu às partes que garantam que as futuras trocas sejam realizadas "de maneira digna e privada".

"Pedimos encarecidamente a todas as partes, incluindo os mediadores, que assumam a responsabilidade de garantir que as futuras libertações sejam conduzidas de maneira digna e privada. O CICV tem transmitido consistentemente essa mensagem em particular e em público", afirmou a entidade em comunicado.

O CICV também confirmou a transferência de três reféns israelenses da Faixa de Gaza, enquanto Israel libertava 183 prisioneiros palestinos, 111 dos quais haviam sido detidos no enclave após os ataques do Hamas, em 7 de outubro de 2023.

Durante a troca de informações, a equipe da Cruz Vermelha demonstrou prontidão para fornecer cuidados médicos aos reféns e prisioneiros, e disse ter realizado entrevistas preliminares com os libertos para avaliar seu estado de saúde e aptidão para viajar.

"O CICV está pronto para facilitar outras operações de libertação como intermediário humanitário nos próximos dias e semanas", enfatizou a organização, que insistiu na necessidade de manter o cessar-fogo e o acesso de mais ajuda a Gaza.

Separadamente, o Serviço de Prisões de Israel confirmou que havia proporcionado a transferência de 183 prisioneiros de várias prisões em todo o país para as prisões de segurança máxima de Ofer e Ktziot, escoltados por oficiais da unidade Nahshon do Serviço de Prisões de Israel e auxiliados pela polícia.

Os que estavam na prisão de Ofer foram transferidos para a Cisjordânia ocupada e Jerusalém Oriental, enquanto os que estavam em Ktziot foram transferidos para a passagem de Kerem Shalom, em Israel, para serem deportados para o Egito ou devolvidos à Faixa de Gaza.

Postar um comentário

0 Comentários