Ministro israelense condena ação judicial brasileira contra militar em férias no país

"Militares de Israel operam na Faixa de Gaza durante uma trégua temporária entre Israel e o Hamas, em 27 de novembro de 2023.   (Crédito da foto: Unidade do Porta-Voz das IDF)"

Amichai Chikli acusa governo Lula e Judiciário brasileiro de apoiar terrorismo e negacionistas do Holocausto

O ministro de Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo de Israel, Amichai Chikli, condenou à decisão da Justiça brasileira de investigar um militar israelense que estava de férias no Brasil. A investigação foi motivada por uma queixa apresentada por uma organização palestina que alega que o soldado teria participado de operações militares em Gaza, resultando em danos a civis. Chikli, em carta enviada ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusou o governo Lula e o Judiciário brasileiro de "abraçarem apoiadores do terrorismo" e de se alinhar com "negacionistas do Holocausto".

O militar israelense, identificado como veterano das Forças de Defesa de Israel (IDF), foi alvo da ação após uma denúncia apresentada pela Fundação Hind Rajab (HRF), uma organização que se declara defensora da causa palestina. Chikli afirmou que a HRF não é uma entidade de direitos humanos, mas sim uma organização que apoia o terrorismo e grupos como Hezbollah e Hamas, responsáveis por ataques contra Israel.

Na carta, o ministro denunciou membros da HRF que, segundo ele, manifestaram apoio a figuras terroristas e negaram o Holocausto. Chikli citou ainda um episódio em que um dos fundadores da HRF, Diyab Abu Jaleha, fez elogios a Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, após sua eliminação por forças israelenses. Além disso, o ministro também mencionou declarações de Karim Hassan, membro da HRF, que teria elogiado os ataques de 11 de setembro e questionado a existência de câmaras de gás nos campos de extermínio nazistas.

Chikli, indignado, afirmou que o apoio de setores do governo brasileiro a esses grupos "terroristas" é uma vergonha, especialmente no contexto da aproximação do 80º aniversário da libertação de Auschwitz. Ele ainda afirmou que acredita que a maioria dos cidadãos brasileiros rejeita tais ações e considerou a postura do governo um erro histórico.

Ao final da carta, o ministro conclamou Eduardo Bolsonaro a levantar a voz contra o que classificou como uma injustiça, defendendo não apenas o militar israelense, mas também todos os que combatem o terrorismo.

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