Casa Branca está avaliando impacto da IA chinesa DeepSeek na segurança nacional dos EUA

IA chinesa DeepSeek abalou os mercados americanos nesta semana (Foto: EFE/EPA/SALVATORE DI NOLFI)

"Bem, é possível. Há uma técnica na IA chamada destilação, que você ouvirá muito falar, e é quando um modelo aprende com outro modelo", disse 
Sacks


A Casa Branca anunciou nesta terça-feira (28) que já está avaliando os possíveis impactos da inteligência artificial (IA) da China DeepSeek na segurança nacional dos Estados Unidos, segundo a porta-voz Karoline Leavitt. Durante sua primeira coletiva de imprensa, Leavitt destacou que o Conselho de Segurança Nacional está conduzindo neste momento uma revisão detalhada do assunto.

De acordo com Leavitt, "o lançamento do DeepSeek deve ser um alerta para a indústria de inteligência artificial americana". Ela reforçou o recado emitido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, nesta segunda-feira (27), sobre a necessidade de restaurar a liderança dos EUA no setor de IA.

A IA DeepSeek, desenvolvida pela startup chinesa homônima sediada em Hangzhou, no território comunista, chocou os mercados americanos nesta semana ao se apresentar como uma rival de baixo custo dos modelos de empresas como a OpenAI. A Nvidia – principal fabricante de chips modernos de IA - por exemplo, sofreu a maior perda de valor de mercado em um único dia para uma empresa americana, com suas ações despencando 17%. Investidores temem que a tecnologia chinesa derrube a supremacia dos EUA no setor.

Segundo informações da agência Reuters, David Sacks, nomeado como "czar de inteligência artificial e criptomoedas" do governo Trump, levantou preocupações sobre possíveis casos de roubo de propriedade intelectual envolvendo a DeepSeek. Em entrevista à emissora Fox News, Sacks explicou que a startup chinesa responsável pela IA pode ter usado o processo chamado de "destilação", uma técnica que permite que um modelo de inteligência aprenda com outro- ou seja, que a DeepSeek possa ter sido treinada com base de IAs americanas.

"Bem, é possível. Há uma técnica na IA chamada destilação, que você ouvirá muito falar, e é quando um modelo aprende com outro modelo", disse Sacks. Ele sugeriu que empresas americanas podem tomar medidas para limitar esse tipo de prática na China e em outros países, mas alertou que "isso definitivamente apenas retardaria [a criação de] alguns desses modelos imitadores".

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