Tensão no norte: Hezbollah viola cessar-fogo

Cidades israelenses têm sido bombardeadas por mais de um ano desde 7 de outubro | Foto: Amir Levy/Getty Images

Felizmente, não houve feridos neste incidente


Em comunicado divulgado hoje, o Exército de Israel (IDF) informou que o Hezbollah violou o acordo de cessar-fogo ao atirar dois morteiros em direção à área do Monte Dov (também conhecida como Fazendas de Sheba). Felizmente, não houve feridos neste incidente. Em comunicado, o Hezbollah assumiu a responsabilidade pelo ataque a uma base das Forças de Defesa de Israel na região do Monte Dov. Eles acusaram Israel de ter desrespeitado os termos do cessar-fogo ao realizar ataques militares e voos não autorizados no espaço aéreo do Líbano e até sobre Beirute.

"Há pouco tempo, a organização terrorista Hezbollah lançou dois projéteis em direção à área de Har Dov [Fazendas de Sheba]", disse a IDF no X. "Os projéteis caíram em áreas abertas. Não há feridos". Pouco depois do incidente, a mídia libanesa relatou que Israel atacou a região de Nabatiyeh, no sul do Líbano, com várias vítimas. O Ministro da Defesa, Israel Katz, prometeu uma "resposta dura" às ações do Hezbollah, e o Primeiro-Ministro, Benjamin Netanyahu, ecoou esse sentimento, dizendo: "Os lançamentos do Hezbollah são uma grave violação do cessar-fogo, e Israel responderá com força". Ele acrescentou: "Estamos determinados a continuar fazendo cumprir o cessar-fogo e retaliar por cada violação do Hezbollah, seja ela menor ou maior."

O jornal
Israel Hayom, em sua edição de hoje, denuncia as ações do Hezbollah como "provocações" e afirma que o grupo terrorista está buscando "escalar a violência" na região. O jornal também critica a postura da França, alegando que Paris está "tentando pressionar Israel a se submeter às demandas do Hezbollah".

Os esforços diplomáticos franceses se intensificaram para impedir as respostas israelenses às violações do cessar-fogo em território libanês, com Paris buscando apoio americano para essa iniciativa. Mensagens de Washington para Israel no fim de semana sugeriram que a IDF estava "fazendo cumprir o acordo de forma muito rígida" – uma crítica notavelmente mais branda do que as recentes declarações francesas. Autoridades israelenses rejeitaram essas preocupações, sustentando que até que o mecanismo de monitoramento se torne eficaz, Israel continuará a fazer cumprir o acordo de acordo com os entendimentos com os EUA.

Em resposta à postura firme de Israel, autoridades francesas indicaram que o mecanismo de monitoramento – projetado para processar reclamações de violações israelenses e facilitar a aplicação da lei pelo exército libanês – estará operacional até o final da semana. Durante discussões entre o Ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, e seu homólogo francês, Saar enfatizou que, apesar dos relatórios da IDF sobre violações, as autoridades francesas falharam em fazer cumprir o acordo. O Ministro das Relações Exteriores da França respondeu que "ainda não receberam autorização para agir do governo libanês", levando Israel a afirmar seu direito à aplicação independente.


Uma fonte diplomática explicou ontem que, de acordo com um documento anexo, "existem entendimentos com os EUA que nos permitem agir sem recorrer ao mecanismo se houver uma ameaça imediata ou sensível ao tempo". Autoridades israelenses explicam que as ações recentes em território libanês foram tomadas em resposta a ameaças iminentes que exigiam uma resposta rápida, impossibilitando a consulta ao comitê. 

Postar um comentário

0 Comentários