A pesquisa revela ainda que 53,4% dos brasileiros acreditam que não usarão dinheiro físico dentro de cinco anos
O Pix consolidou sua posição como a forma de pagamento preferida dos brasileiros, superando o dinheiro em espécie, de acordo com a pesquisa "O brasileiro e sua relação com o dinheiro", divulgada pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (4).
Apesar disso, as cédulas e moedas ainda desempenham um papel relevante, principalmente entre as pessoas de menor renda e faixas etárias mais avançadas.
Popularidade do Pix
Lançado há quatro anos, o meio de pagamento instantâneo já é usado por 76,4% da população e é o mais frequente para 46% dos consumidores.
Em comparação, na última edição do levantamento, em 2021, o Pix era utilizado por 46% dos brasileiros e preferido por apenas 17%.
O avanço tecnológico não eliminou, entretanto, o uso do dinheiro físico, que ainda é adotado por 68,9% da população.
Essa porcentagem, no entanto, representa uma queda de 14,7 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior.
Quem ainda usa dinheiro em espécie
O estudo aponta que o uso do dinheiro é mais frequente entre as pessoas com menor renda:
75% dos que recebem até dois salários mínimos usam cédulas e moedas.
Entre aqueles que ganham de dois a cinco salários, o índice é de 69%.
Em rendas mais altas, como entre cinco e dez salários mínimos, o percentual cai para 59,4%.
Idosos também utilizam mais o dinheiro físico: 72,7% das pessoas com 60 anos ou mais ainda recorrem a cédulas e moedas, enquanto o índice é de 68,6% entre jovens de 16 a 24 anos.
A pesquisa revela ainda que 53,4% dos brasileiros acreditam que não usarão dinheiro físico dentro de cinco anos.
Outros 31,6% preveem uma redução no uso, enquanto apenas 3,4% acham que o uso de cédulas e moedas aumentará até 2029.
Objetivo da pesquisa
O BC destacou que o levantamento busca promover o "aprimoramento contínuo da gestão do meio circulante brasileiro e das ações de divulgação sobre características das cédulas e moedas do Real".
Além disso, analisou questões como a conservação de cédulas, o uso de moedas e o reconhecimento de itens de segurança.
"Mesmo com o PIX e toda a evolução tecnológica, o dinheiro em espécie ainda se faz bastante presente na vida dos brasileiros", destacou a autarquia.
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