No fim de semana, o presidente Joe Biden disse que os Estados Unidos devem manter suas operações contra o EI na Síria
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse nesta segunda-feira (9) que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) pode tentar "tirar vantagem" do vácuo de poder na Síria, após a queda do ditador Bashar al-Assad no fim de semana.
Segundo informações da emissora CNN, Austin fez os comentários durante visita ao Japão e destacou que "toda a comunidade internacional ficou surpresa ao ver que as forças da oposição se deslocaram tão rapidamente".
"Acho que todos esperavam ver uma resistência muito mais dura das forças de Assad", acrescentou. "Em termos do que aconteceu, é claro que, à medida que isso se desenrola, há um potencial de que elementos na área, como o EI, possam tentar tirar vantagem dessa oportunidade e recuperar a capacidade [militar]."
No domingo (8), as forças dos Estados Unidos realizaram ataques aéreos contra mais de 75 alvos do EI na região central da Síria, segundo informou o Comando Central dos EUA (Centcom) em um comunicado.
"Não deve haver dúvidas - não permitiremos que o EI se recomponha e tire vantagem da situação atual na Síria. Todas as organizações na Síria devem saber que as responsabilizaremos se fizerem parceria ou apoiarem o EI de qualquer forma", disse o comandante do Centcom, o general Erik Kurilla.
No fim de semana, o presidente Joe Biden disse que os Estados Unidos devem manter suas operações contra o EI na Síria.
O Presidente eleito, Donald Trump, que tomará posse em 20 de janeiro, afirmou antes da confirmação da queda de Assad que os Estados Unidos não devem se envolver no conflito no país árabe. "Esta luta não é nossa", alegou, num post nas redes sociais. Depois que a queda de Assad foi confirmada, ele pediu um "cessar-fogo imediato" e negociações.
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