Em vídeo, Netanyahu critica Irã por financiar terrorismo e ditadores em vez de investir no povo

O premiê Benjamin Netanyahu durante fala aos iranianos nesta quinta (Foto: EFE/IMAGENS CEDIDAS PELO GABINETE DE IMPRENSA DO GOVERNO DE ISRAEL)

Netanyahu revelou que o Irã gastou mais de US$ 30 bilhões apoiando o regime de Assad na Síria


O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, utilizou nesta quinta-feira (12) a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria para enviar uma dura mensagem ao povo do Irã.

Por meio de um vídeo gravado em inglês, com legendas em persa, que foi direcionado diretamente aos cidadãos iranianos, Netanyahu disse que o regime de Teerã, em vez de direcionar recursos à melhoria de vida da população, prefere desperdiçar os recursos financiando terroristas e ditadores que "perdem repetidamente".

"Vocês [povo do Irã] devem estar fervendo de raiva ao imaginar as novas estradas, escolas e hospitais que poderiam ter sido construídos com os bilhões de dólares que seus ditadores gastaram apoiando terroristas que perdem repetidamente", disse Netanyahu, enfatizando o impacto negativo das escolhas do regime iraniano.

Netanyahu revelou que o Irã gastou mais de US$ 30 bilhões apoiando o regime de Assad na Síria, além de mais de US$ 20 bilhões no grupo terrorista xiita libanês Hezbollah e bilhões destinados ao grupo terrorista palestino Hamas, que opera na Faixa de Gaza.

"O dinheiro que seus tiranos roubaram de vocês literalmente evaporou", afirmou o premiê, destacando os prejuízos financeiros do envolvimento iraniano em conflitos na região.

A mensagem de Netanyahu surge em um contexto de intensas mudanças no Oriente Médio, após a queda de Assad para forças rebeldes. Com a queda do regime sírio, as Forças de Defesa de Israel (IDF) lançaram uma campanha de bombardeios visando destruir as capacidades militares estratégicas do antigo regime que controlava Damasco, como tanques, aviões e mísseis. Segundo Israel, a campanha já eliminou cerca de 80% das armas de Assad, evitando que essas forças caíssem nas mãos de grupos hostis.

Além disso, as tropas israelenses foram enviadas para reforçar a zona desmilitarizada das Colinas de Golã, território sírio em sua maior parte ocupado por Israel, garantindo a segurança da fronteira em um momento de instabilidade regional.

Netanyahu também fez referência à luta dos iranianos contra a opressão interna, citando o lema "mulher, vida, liberdade" popularizado durante os protestos que tomaram o país após a morte de Mahsa Amini em 2022, brutalmente assassinada por autoridades iranianas por não usar corretamente o Hijab, véu islâmico. O líder israelense expressou esperança em um futuro diferente para o Irã: "O Irã será livre", disse ele.

A queda de Assad representou um duro golpe para o Irã, que perdeu o corredor terrestre crucial para abastecer o Hezbollah no Líbano, já enfraquecido após enfrentamentos recentes com Israel.

Netanyahu finalizou sua mensagem reforçando a crítica ao regime iraniano e reiterando o compromisso de Israel em proteger seus interesses estratégicos e combater o terrorismo financiado por Teerã.

"Sei e acredito que faremos do Oriente Médio um farol de prosperidade, progresso e paz", disse ele.

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