Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

O ditador russo, Vladimir Putin, em reunião com membros do regime na residência estatal Novo-Ogaryovo, nos arredores de Moscou| Foto: EFE/EPA/VALERIY SHARIFULIN / SPUTNIK

A dívida também será perdoada se o militar for morto em combate ou declarado inválido após ser gravemente ferido em combate


O ditador da Rússia, Vladimir Putin, sancionou neste sábado (23) um projeto de lei que anulará as dívidas daqueles que assinarem contratos com o Exército a partir de 1º de dezembro.

A lei, publicada no portal de informações jurídicas do Estado russo, afirma que soldados, militares mobilizados e recrutas que tenham completado um mínimo de 12 meses de serviço militar serão beneficiados.

O dinheiro será perdoado se uma decisão judicial sobre a necessidade de pagar a dívida entrar em vigor antes de 1º de dezembro.

A dívida também será perdoada se o militar for morto em combate ou declarado inválido após ser gravemente ferido em combate.

Entretanto, a dívida não poderá exceder 10 milhões de rublos (cerca de R$ 564 mil pela taxa de câmbio atual).

O número de voluntários que assinaram contratos com o Exército havia caído na primeira metade do ano, mas aumentou após a incursão ucraniana na região de Kursk.

O Kremlin descartou neste sábado uma segunda onda de mobilização de reservistas para lutar na Ucrânia antes do quarto ano de invasão no país vizinho.

"Nossos cidadãos assinam contratos com o Ministério da Defesa de forma muito ativa", disse o porta-voz da presidência, Dmitry Peskov, à agência de notícias oficial RIA Novosti.

Peskov afirmou que os voluntários passam por cursos nos quais são "completamente treinados", portanto "não há necessidade de falar sobre mobilização agora".

"São muitos, centenas de pessoas que assinam contratos todos os dias", acrescentou.

As autoridades russas não informam as baixas nas fileiras de seu Exército, mas fontes ocidentais estimam o número em cerca de 700 mil mortos e feridos.

O Kremlin se absteve de declarar uma nova mobilização parcial depois que a primeira, em setembro de 2022, causou descontentamento generalizado.

A invasão na Ucrânia completou mil dias nesta semana, com as forças russas forçando a entrada no Donbas, embora Moscou ainda não tenha conseguido expulsar as tropas ucranianas de Kursk.

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