Putin confirma ataque à Ucrânia com míssil balístico de médio alcance sem carga nuclear

O ditador da Rússia, Vladimir Putin| Foto: EFE/EPA/ALEXANDER KAZAKOV/SPUTNIK/KREMLIN

Ele garantiu ainda que as forças russas estão avançando "ao longo de toda a linha de contato" na Ucrânia


O ditador da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (21) que seu país lançou um ataque contra a Ucrânia usando um míssil balístico hipersônico sem carga nuclear.

Trata-se de um míssil Oreshnik de médio alcance, que foi lançado contra uma instalação do complexo militar-industrial ucraniano, disse Putin em uma mensagem à nação transmitida pela televisão pública.

"Em resposta ao uso de armas de longo alcance americanas e britânicas, em 21 de novembro deste ano, as Forças Armadas russas lançaram um ataque combinado contra uma das instalações do complexo industrial militar ucraniano", declarou o líder russo.

Putin acrescentou que desta forma foi testado em condições de combate "um dos mais novos sistemas russos de mísseis de médio alcance", chamado Oreshnik.

A Força Aérea ucraniana havia relatado inicialmente um ataque contra a região de Dnipro com um míssil balístico intercontinental russo, o que não foi confirmado nem pela Rússia nem pelos Estados Unidos.

Na mensagem, que durou oito minutos, Putin confirmou os recentes ataques ao território russo com mísseis americanos ATACMS de longo alcance e mísseis britânicos Storm Shadow, dirigidos contra a infraestrutura militar das regiões fronteiriças de Bryansk e Kursk.

Segundo o líder russo, as defesas antiaéreas do país repeliram estes ataques e não permitiram que o inimigo atingisse os seus alvos.

Ao mesmo tempo, insistiu que o uso de armas de longo alcance por Kiev após receber a respectiva autorização ocidental não será capaz de influenciar o destino da guerra.

Por fim, garantiu ainda que as forças russas estão avançando "ao longo de toda a linha de contato" na Ucrânia e que todos os objetivos estabelecidos por Moscou "serão alcançados".

Putin, que aprovou esta semana a nova doutrina nuclear russa, que permite respostas com armas atômicas em caso de ataques com armas convencionais, alertou anteriormente que a utilização de armas ocidentais de longo alcance contra o território russo significaria que a OTAN está em combate com a Rússia.

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