"A 'pressão máxima' será enfrentada com 'resistência máxima'", declarou Majid Takht-Ravanchi, vice-ministro das Relações Exteriores do Irã para assuntos políticos, ao Financial Times
O Irã está aberto a negociações com o governo de Donald Trump que está por vir, mas alerta que qualquer tentativa de reimpor "pressão máxima" sobre a república islâmica fracassará, afirmou Majid Takht-Ravanchi, vice-ministro das Relações Exteriores do Irã para assuntos políticos, ao Financial Times (FT).
"Quanto às negociações, precisamos observar a política dos EUA e decidir como responder de acordo", destacou Takht-Ravanchi, mencionando os passos anteriores de Trump, quando retirou os EUA do acordo nuclear com o Irã de 2015, conhecido como JCPOA.
"Nós somos favoráveis às negociações, como provamos [com aquele acordo]. Mas quem sabotou as negociações anteriormente? Foi o governo Trump, que se mostrou relutante em negociar", afirmou.
Segundo a reportagem, fontes próximas ao pensamento de Trump sobre o Irã disseram ao Financial Times que seu governo tentaria "falir" o país para forçá-lo a negociar. Em meio à crise contínua no Oriente Médio, Teerã teme que Trump, mais uma vez, tente reduzir a zero as exportações de petróleo do Irã – sua principal fonte de moeda forte.
There is, not to put too fine a point on it, some baggage and ill feeling between Donald Trump and the Iran Ayatollahs. And yet, Tehran is signaling that it would be willing to hold nuclear talks with the incoming U.S. admin. @MeirJa and @NeriZilber join @calev_i24 to discuss: pic.twitter.com/UmoYgmRX9K
— i24NEWS English (@i24NEWS_EN) November 16, 2024
Conforme apontado pelo Financial Times, Takht-Ravanchi tentou minimizar o potencial de sanções mais rígidas ao petróleo sob um possível segundo mandato de Trump: "Se o governo Trump decidir retomar a política de pressão máxima no mercado de petróleo, certamente fracassará. No mundo de hoje, nenhum país pode impor condições a toda a comunidade internacional."
Por enquanto, ele afirmou: "Esperamos que ele não cometa o mesmo erro novamente, porque o resultado não será diferente."
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