Netanyahu afirma que acordo de trégua em Gaza ajudaria Hamas a se perpetuar no poder

O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN EPA POOL

As negociações para a trégua estão paralisadas desde o final de agosto, pelo menos

O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou nesta segunda-feira (18) a sua rejeição a qualquer acordo de trégua na Faixa de Gaza, com o argumento de que isso só permitiria que o Hamas permanecesse no poder após o fim da ofensiva militar de seu país.

"A única coisa que o Hamas quer é um acordo para acabar com a guerra e a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza para permanecer no poder. Não estou disposto a fazer isso de forma alguma", disse Netanyahu ao Comitê de Relações Exteriores e Defesa do Knesset (o parlamento israelense), de acordo com a imprensa local.

Segundo o portal Ynet e o jornal The Times of Israel, o líder israelense garantiu que o Hamas está tentando tirar proveito da "pressão" à qual o governo está sendo submetido para conseguir um acordo de trégua mais favorável, algo que ele disse que não acontecerá.

As negociações para a trégua estão paralisadas desde o final de agosto, pelo menos. Desde o início, o Hamas exigiu o fim total da ofensiva israelense, a retirada de suas tropas e o retorno das pessoas deslocadas como pré-requisitos para um acordo, algo a que Netanyahu se opõe, entre outras exigências, considerando indispensável a presença de tropas israelenses na fronteira entre Gaza e Egito.

Em sua ofensiva contra Gaza, Israel tenta recuperar os reféns que ainda estão sob controle dos terroristas e que foram capturados durante o massacre de outubro de 2023. Dos 251 sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro do ano passado, 97 cativos permanecem no enclave, mais da metade deles mortos, de acordo com a última estimativa dos serviços de inteligência. Além disso, quatro outros reféns estão presos há anos, incluindo dois militares mortos.

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