Apesar de provavelmente não assumir um cargo formal no novo governo Trump, o genro de Trump é considerado peça central na estratégia para o Oriente Médio
Jared Kushner, genro do Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, é considerado peça central na estratégia do novo governo para o Oriente Médio, apesar de provavelmente não assumir um cargo formal, informou a CNN nesta sexta-feira (15), citando diplomatas regionais e aliados de Trump.
Embora seja improvável que Kushner assuma uma posição oficial, fontes afirmam que ele deve atuar como conselheiro externo.
Uma fonte familiarizada com a situação, citada pela CNN, afirmou que Kushner está "totalmente disponível" para orientar e aconselhar aqueles que lidam com questões do Oriente Médio, expressando otimismo em relação aos avanços que podem ser feitos sob a liderança de Trump.
Tanto Kushner quanto Trump buscam expandir os Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos durante o primeiro mandato de Trump. No entanto, os conflitos em andamento em Gaza e no Líbano complicam os esforços para ampliar a normalização entre Israel e outros países árabes.
Desde que deixaram Washington em 2021, Kushner e sua esposa, Ivanka Trump, se mudaram para Miami e, em grande parte, se afastaram da política. Atualmente, Kushner dirige a Affinity Partners, um fundo de investimentos financiado por fundos soberanos do Golfo. Apesar de estar focado em negócios, Kushner mantém laços com líderes-chave do Oriente Médio, incluindo o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman (MBS), observou a CNN.
Embora o papel exato de Kushner permaneça indefinido, há consenso entre diplomatas, autoridades do governo Trump e líderes regionais de que sua participação influenciará a abordagem da administração para o Oriente Médio.
"Ter uma relação de troca de mensagens com MBS foi produtivo durante o primeiro mandato", disse um ex-funcionário do governo Trump. "É difícil imaginar que esse canal não seja utilizado daqui para frente."
No início desta semana, o Israel Hayom relatou que Kushner se uniu a Trump para ajudar de perto na criação do novo governo.
Em contraste, o Financial Times informou na semana passada que Kushner não retornaria à Casa Branca, embora tenha destacado que o genro de Trump poderia atuar como conselheiro em questões de política para o Oriente Médio.
Há dois anos, Ivanka Trump, esposa de Kushner e filha do presidente eleito, anunciou que ela e Kushner se afastariam da política para priorizar os filhos e a vida familiar.
"Embora eu sempre ame e apoie meu pai, daqui para frente farei isso fora do ambiente político", disse ela na ocasião.
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