O grupo terrorista também acusou os EUA
O grupo terrorista libanês Hezbollah lembrou nesta segunda-feira (7) do massacre do Hamas em território israelense cometido em 7 de outubro do ano passado, declarando que "Israel é um câncer que deve ser eliminado", que "não tem lugar nem na região" nem em seu "tecido social, cultural e humano".
Alvo de intensos ataques israelenses nas últimas semanas, o Hezbollah disse, em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial libanesa ANN, que considerou "heroica" a operação que o Hamas desencadeou em Israel há um ano, que deixou mais de 1.200 pessoas mortas, a maioria civis, e 251 sequestrados, incluindo um bebê de 10 meses.
De acordo com o grupo xiita, esse ataque foi "uma manifestação da vontade palestina de confrontar a agressão, a injustiça e a ocupação que pesa sobre seu povo desde 1948" e terá "efeitos históricos e estratégicos em toda a região até que a justiça seja alcançada e os palestinos obtenham seus direitos legítimos à sua terra".
"Não há lugar para essa entidade sionista temporária (Israel) em nossa região, nem em nosso tecido social, cultural e humano. Ela foi e será uma glândula cancerígena mortal e agressiva que deve ser eliminada, não importa quanto tempo leve", afirmou o grupo xiita em comunicado.
O grupo terrorista também acusou os EUA "e seus aliados e ferramentas" no mundo de serem parceiros "na agressão e nos crimes contra os povos palestino e libanês".
"Eles têm total responsabilidade pela carnificina, injustiça e tragédias humanas devastadoras", acrescenta a declaração.
O Hezbollah também agradeceu o apoio do Eixo da Resistência, rede de influência do Irã da qual a milícia faz parte e é uma peça fundamental na guerra contra Israel.
O fogo cruzado entre Hezbollah e Israel, que também se desenvolveu ao longo do ano de conflito com o Hamas, intensificou-se nas últimas semanas com uma campanha de bombardeio israelense sem precedentes em décadas no Líbano, que resultou na morte da liderança máxima terrorista, Hassan Nasrallah.
Neste dia 7 de outubro, moradores de Israel já realizaram protestos em solidariedade às vítimas do massacre no ano passado, em frente à residência do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém. Também está prevista uma cerimônia no kibutz Re'im, local do festival de música NOVA, onde uma sirene tocou às 6h29 (horário em que o ataque começou).
Entre outros eventos ao longo do dia, uma cerimônia para as famílias das vítimas de 7 de outubro será realizada às 19h locais (13h em Brasília) no Parque Yarkon, em Tel Aviv, que está fechado ao público devido às diretrizes de segurança impostas ao país após a ofensiva no Líbano.
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