Pentágono diz que forças dos EUA não participaram de operação de Israel que matou Sinwar

Escritório do Hamas em Sana’a, no Iêmen, com retratos dos falecidos líderes políticos do grupo, Ismail Haniyeh (ao fundo), e do seu substituto, Yahya Sinwar| Foto: EFE/EPA/YAHYA ARHAB

Mais cedo, em uma coletiva de imprensa, 
Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, também comentou sobre a morte de Sinwar


O Pentágono disse nesta quinta-feira (17) que as forças dos Estados Unidos não tiveram envolvimento direto na operação israelense que resultou na morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, em Gaza. A operação, de acordo com os EUA foi realizada inteiramente por forças de Israel, embora os americanos tenham garantido que contribuíram com informações de inteligência.

"Esta foi uma operação israelense. Não houve forças dos EUA diretamente envolvidas", afirmou o porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder. Ele destacou que os EUA forneceram informações de inteligência relacionadas à recuperação de reféns e à localização de líderes do Hamas, responsáveis por mantê-los em cativeiro. "Isso certamente contribui para o panorama geral", completou Ryder, sem detalhar a operação israelense, sugerindo que as perguntas sobre a ação deveriam ser dirigidas às autoridades israelenses.

Mais cedo, em uma coletiva de imprensa, Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, também comentou sobre a morte de Sinwar, descrevendo-o como o "principal obstáculo" para as negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Miller afirmou que o líder do Hamas foi o responsável pela morte de civis de cerca de 30 países, incluindo os Estados Unidos, além de ser responsável pelo sofrimento dos palestinos na Faixa de Gaza.

"O caminho que Sinwar queria para a região — morte, destruição, instabilidade, caos — é um caminho que sabemos que as pessoas da região rejeitam", disse Miller.

Ao abordar as possíveis consequências da morte de Sinwar, o porta-voz destacou que a ação oferece "uma oportunidade única" para retomar as negociações de paz e pôr fim ao conflito. Ele também expressou esperança de que o próximo líder do Hamas possa optar por uma abordagem diferente em relação à guerra, levando em consideração o sofrimento do povo palestino.

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