Segundo Hagari, o alvo do ataque de sexta foi a sede da inteligência do Hezbollah em Beirute, onde, segundo ele, Safi Al Din estaria presente
O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira (8) que as Forças de Defesa de Israel (IDF) eliminaram Hashem Safi Al Din, considerado o sucessor de Hassan Nasrallah, como líder do grupo terrorista Hezbollah, do Líbano.
Por meio de um comunicado em vídeo direcionado ao povo libanês, Netanyahu declarou também que o possível sucessor de Safi Al Din no comando do grupo terrorista foi eliminado, embora ele não tenha mencionado detalhes sobre a identidade deste terceiro nome na linha de sucessão.
Israel atacou na última sexta-feira (4) alvos do Hezbollah no sul de Beirute, capital do Líbano, onde acredita ter atingindo o local em que estaria Safi Al Din.
"Nós prejudicamos as capacidades do Hezbollah. Eliminamos milhares de terroristas, incluindo [o então líder do Hezbollah, Hassan] Nasrallah, o sucessor de Nasrallah [Safi Al Din] e o sucessor do sucessor de Nasrallah [que não teve o nome especulado]", disse Netanyahu.
Em um apelo direto à população libanesa, Netanyahu pediu que os cidadãos que "libertem o país do Hezbollah", argumentando que o grupo terrorista está levando o Líbano a um caminho de destruição semelhante ao que ocorre na Faixa de Gaza.
"Vocês, o povo libanês, estão diante de uma escolha significativa. Esta é a oportunidade de resgatar o Líbano antes que ele caia em um abismo de destruição e sofrimento", alertou Netanyahu. Segundo ele, a população do Líbano merece um "futuro de paz e prosperidade", mas isso só será possível com a remoção completa do Hezbollah do controle do país.
Netanyahu insistiu que os libaneses têm a oportunidade de restaurar o país aos "dias de tranquilidade", apelando para que tomem uma atitude para evitar mais conflitos e destruição. Ele destacou que o Hezbollah continuará a usar áreas densamente povoadas por civis para atacar Israel, colocando em risco a vida vários libaneses. O premiê reforçou a mensagem de que a guerra na fronteira "só terminará quando o Líbano se libertar do Hezbollah", permitindo assim que o país retorne a um caminho de "paz e desenvolvimento".
Apesar das fortes declarações de Netanyahu, ainda há incertezas em Israel quanto à confirmação da morte de Safi Al Din. Em uma entrevista coletiva após as falas do premiê israelense, o porta-voz das IDF, Daniel Hagari, afirmou que o exército de Israel ainda está investigando os resultados do ataque aéreo que teria matado Safi Al Din.
Segundo Hagari, o alvo do ataque de sexta foi a sede da inteligência do Hezbollah em Beirute, onde, segundo ele, Safi Al Din estaria presente. No entanto, o porta-voz militar indicou que o Hezbollah está tentando ocultar informações sobre as mortes e que uma "confirmação oficial" ainda será divulgada assim que os "detalhes forem esclarecidos".
Por sua vez, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse nesta terça-feira que o suposto sucessor de Nasrallah – já que a organização terrorista nunca confirmou que ele ocupava esse cargo – "provavelmente também foi eliminado".
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