EUA impõem novas sanções contra rede internacional de financiamento do Hamas

O presidente dos EUA, Joe Biden, fala ao lado do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e do secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em reunião de gabinete na Casa Branca | Foto: EFE/EPA/TIERNEY L. CROSS / POOL

Biden enfatizou que o governo dos EUA não deixará de trabalhar "para chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza que permita o retorno dos reféns"


O Departamento do Tesouro americano lançou novas sanções contra pessoas e organizações que financiam as atividades terroristas do Hamas, nesta segunda-feira (7), dia que marca o primeiro ano de guerra no Oriente Médio.

Em um comunicado oficial, o governo dos EUA informou que impôs as sanções a pessoas, um banco e uma "organização de caridade falsa" na Europa.

As pessoas físicas alvo de sanções são um membro do Hamas baseado na Itália que, segundo o Departamento do Tesouro, criou a uma falsa Associação de Caridade de Solidariedade com o Povo Palestino, acusada de ajudar a financiar o braço militar da milícia; um alto representante do Hamas na Alemanha; e um membro do Hamas responsável pelas atividades do grupo na Áustria.

Além deles, um cidadão iemenita que atualmente vive na Turquia e nove de seus negócios também foram atingidos pelas medidas dos EUA.

"O Hamas explorou o sofrimento em Gaza para solicitar fundos por meio de instituições de caridade falsas e de fachada que falsamente alegam ajudar civis em Gaza", afirmou o governo americano, nesta segunda-feira.

As estimativas dos EUA são de que, desde o início deste ano, o Hamas recebeu uma arrecadação de fundos aproximado de US$ 10 milhões por mês da Europa, por meio dessas doações. O Banco Al-Intaj, controlado pelo grupo e sediado em Gaza, também foi sancionado.

"Ao marcarmos um ano do brutal ataque terrorista do Hamas, o Tesouro continuará implacavelmente degradando a capacidade do Hamas e de outros representantes iranianos desestabilizadores de financiar suas operações e realizar atos violentos adicionais", diz um trecho do comunicado.

Biden reafirma compromisso com segurança de Israel em aniversário de massacre

O presidente dos EUA, Joe Biden, reafirmou nesta segunda-feira (7) seu compromisso com o povo judeu e com Israel para que se defenda, no aniversário de um ano do ataque do grupo terrorista palestino Hamas em território israelense que resultou em mais de 1.200 mortos, a maioria civis, e 251 sequestrados.

"Um ano depois, a vice-presidente (Kamala) Harris e eu continuamos totalmente comprometidos com a segurança do povo judeu, a segurança de Israel e seu direito de existir. Apoiamos o direito de Israel de se defender contra os ataques do Hezbollah, do Hamas, dos houthis e do Irã", disse Biden em comunicado.

"O dia de hoje marca um ano de luto pelas mais de 1.200 pessoas inocentes de todas as idades, incluindo 46 americanos, massacradas no sul de Israel pelo grupo terrorista Hamas. Um ano desde que o Hamas cometeu atos horríveis de violência sexual", acrescentou o presidente americano.

Segundo o democrata, já passou um ano "desde que mais de 250 pessoas inocentes foram feitas reféns, incluindo 12 americanos", um ano "de uma guerra devastadora".

O mandatário dos EUA lembrou no comunicado que na semana passada, sob sua liderança, militares americanos "mais uma vez auxiliaram ativamente na defesa bem-sucedida de Israel, ajudando a derrotar um ataque de míssil balístico iraniano".

A história, disse Biden, "também se lembrará de 7 de outubro como um dia sombrio para o povo palestino por causa do conflito que o Hamas desencadeou naquele dia".

"Muitos civis sofreram demais durante este ano de conflito e dezenas de milhares foram mortos, um número ainda piorado por terroristas que se escondem e operam entre pessoas inocentes", declarou.

Biden enfatizou que o governo dos EUA não deixará de trabalhar "para chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza que permita o retorno dos reféns, um aumento na ajuda humanitária para aliviar o sofrimento no local, garanta a segurança de Israel e acabe com essa guerra".

"Também continuamos a acreditar que uma solução diplomática na região da fronteira entre Israel e Líbano é a única maneira de restaurar a paz duradoura e permitir que os residentes de ambos os lados retornem em segurança para suas casas", afirmou.

Os EUA são o principal fornecedor de armas de Israel e, desde o início da guerra, Biden tem se mantido firme em seu apoio ao governo do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, mesmo que essa opinião possa diminuir os votos do Partido Democrata nas próximas eleições de 5 de novembro.

Postar um comentário

0 Comentários