"Discutiremos com os israelenses o que eles farão", já que Israel "precisa responder", considerou o presidente americano
O presidente americano, Joe Biden, advertiu Israel nesta quarta-feira (2) que os Estados Unidos não apoiarão ataques a instalações nucleares no Irã.
"A resposta é não", disse Biden a meios de comunicação americanos em relação à possibilidade de o governo do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, retaliar o ataque sofrido na terça-feira, quando cerca de 200 mísseis iranianos foram disparados contra o território israelense.
Biden fez estas breves declarações antes de embarcar no helicóptero presidencial e detalhou que o G7 está trabalhando em uma "declaração conjunta" para condenar o ataque iraniano.
"Discutiremos com os israelenses o que eles farão", já que Israel "precisa responder", considerou o presidente americano.
Em um comunicado, a Casa Branca informou nesta quarta-feira que Biden participou de uma teleconferência com o G7 para analisar "o ataque inaceitável do Irã contra Israel e coordenar uma resposta", que incluirá novas sanções.
"O presidente Biden e o G7 condenaram inequivocamente o ataque do Irã a Israel. O presidente Biden expressou total solidariedade e apoio dos Estados Unidos a Israel e ao seu povo, e reafirmou o forte compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Israel", afirmou o texto.
Em uma coletiva de imprensa, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, disse que o ataque iraniano foi "uma escalada sem precedentes" e defendeu que Israel "tem o direito de responder".
O porta-voz salientou que, embora os Estados Unidos possam expressar a Israel sua opinião sobre qual deve ser essa resposta, é o governo de Netanyahu quem tem a palavra final.
"Eles são um país soberano que toma suas próprias decisões. Temos conversas em diferentes níveis sobre o que pensamos ser melhor para eles e para a região, mas cabe a eles tomar as decisões", destacou Miller.
Embora a maioria dos mísseis iranianos tenha sido interceptada, alguns conseguiram atingir o solo e um palestino foi morto em Jericó (Cisjordânia) na queda dos estilhaços de uma interceptação.
O chefe do Estado-Maior do Exército israelense, tenente-general Herzi Halevi, garantiu nesta quarta-feira que Israel pretende responder ao ataque massivo iraniano e que tem "a capacidade de alcançar e golpear qualquer ponto do Oriente Médio".
"Aqueles entre nossos amigos que ainda não entenderam isso logo entenderão", ameaçou Halevi.
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