Apoiador do Hamas e Hezbollah, Irã exige 'cessar-fogo imediato' na Palestina e Líbano

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, durante cúpula do Brics em Kazan, na Rússia | Foto: EFE/EPA/ALEXANDER NEMENOV / POOL

O Irã é um dos principais financiadores dos grupos terroristas Hamas, em Gaza, e Hezbollah, no Líbano, bem como inimigo declarado de Israel


O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, "exigiu" nesta quarta-feira (23) "um cessar-fogo imediato e permanente na Palestina e Líbano", na primeira ocasião em que um representante da alta cúpula do regime iraniano participa em uma sessão plenária da cúpula dos Brics.

Além disso, o presidente iraniano pediu "a retirada completa das tropas do regime ocupante [Israel] das áreas ocupadas e a ajuda imediata à população de Gaza e aos deslocados no Líbano".

O Irã é um dos principais financiadores dos grupos terroristas Hamas, em Gaza, e Hezbollah, no Líbano, bem como inimigo declarado de Israel.

Para além do conflito na região, o iraniano destacou a capacidade de seu país e sua posição estratégica em vários campos para estabelecer cooperação com os restantes países do grupo Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes e Etiópia.

Para tanto, apresentou cinco propostas, como priorizar questões econômicas, tomar medidas práticas para enfrentar as sanções sofridas por "alguns" países do grupo, como o próprio Irã ou Rússia, e tentar negociar em moedas locais ou criptomoedas para acelerar a "desdolarização".

Da mesma forma, propôs dotar os países do grupo com novas tecnologias e "fortalecer" o banco de desenvolvimento do Brics.

Esta é a primeira cúpula do grupo de economias emergentes após sua expansão de cinco para nove membros em janeiro deste ano, expansão que incluiu o Irã, em um movimento que foi um êxito para o regime islâmico.

Além dos Países-membros, participam da cúpula cerca de 20 Estados convidados para o evento, incluindo Turquia, Bolívia, e as ditaduras de Venezuela e Nicarágua.

Pezeshkian se reuniu nesta terça-feira (22) com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e hoje se reunirá com outros líderes, incluindo o ditador russo, Vladimir Putin.

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