Macron também falou na ONU da necessidade de o Ocidente seguir apoiando a Ucrânia contra a invasão russa
No seu discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que "não pode haver guerra" no Líbano e pediu uma reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas, no qual seu país é um dos membros permanentes, com direito a veto – ao lado de Estados Unidos, Reino Unido, China e Rússia.
"Não pode haver, não deve haver guerra no Líbano", disse Macron nesta quarta-feira (25) em Nova York.
"Pedimos a Israel que cesse essa escalada no Líbano, e ao Hezbollah que cesse esses lançamentos de mísseis contra Israel. Pedimos a todos aqueles que fornecem [ao Hezbollah] os meios para fazê-lo que parem de fazê-lo", acrescentou o presidente francês.
Macron afirmou que enviará o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, para o Líbano até o final desta semana para negociações com o objetivo de evitar uma escalada no conflito.
Desde a semana passada, após a explosão de pagers e walkie-talkies de membros do grupo xiita Hezbollah no Líbano, ataques que os terroristas atribuíram a Israel, as trocas de bombardeios se intensificaram.
Nesta quarta, as forças israelenses voltaram a falar em uma ofensiva terrestre no sul do Líbano, e duas brigadas de reservistas foram convocadas para "missões operacionais" na região de fronteira.
No seu pronunciamento, Macron disse que a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza, iniciada em resposta aos ataques do grupo terrorista palestino ao território israelense em 7 de outubro de 2023, "já durou demais" e que "não há explicação possível" para as mortes de civis no enclave.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, diz que quase 42 mil pessoas morreram na faixa desde o início do conflito, mas não separa estatísticas de mortes de civis e de combatentes terroristas e seus números são contestados pelos Estados Unidos e por Israel.
Macron também falou na ONU da necessidade de o Ocidente seguir apoiando a Ucrânia contra a invasão russa.
"A reforma da composição do Conselho de Segurança por si só não é suficiente para torná-lo mais eficaz. Eu também quero uma reforma para mudar os métodos operacionais para limitar o direito de veto em caso de crimes em massa", disse Macron à Assembleia Geral, em referência à Rússia.
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