Erdogan pede à ONU que permita uso da força contra Israel para 'parar ataques'

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, desafeto de Israel | Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS

"Os ataques de Israel acabarão chegando à porta de todos. Isso também afetará aqueles que estão assistindo ao massacre à distância", disse 
Erdogan


O presidente da Turquia, o islâmico Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta segunda-feira (30) que as Nações Unidas deveriam autorizar o uso da força para impedir os "ataques" de Israel ao Líbano e à Faixa de Gaza, e pediu a união entre os países muçulmanos em apoio aos "irmãos" nos locais atacados.

"A Assembleia Geral da ONU deve aplicar rapidamente a autoridade para recomendar o uso da força, como fez com a resolução de 1950 da União pela Paz, se o Conselho de Segurança não puder demonstrar a vontade necessária", disse o chefe de Estado turco em discurso televisionado.

Erdogan se referiu à Resolução 377, que afirma que, em caso de falta de acordo no Conselho de Segurança, a Assembleia pode até mesmo recomendar a seus integrantes o uso da força para "manter ou restaurar a paz".

O governante turco, sem mencionar os ataques dos grupos terroristas Hezbollah – que iniciou o conflito com Israel na fronteira do Líbano, e o Hamas, que iniciou o conflito em Gaza, insistiu para que a comunidade internacional apoie tanto a Palestina quanto o Líbano "por humanidade" e defendeu a união dos países muçulmanos contra Israel.

"Os ataques de Israel acabarão chegando à porta de todos. Isso também afetará aqueles que estão assistindo ao massacre à distância", disse Erdogan.

"O banditismo de Israel não pode mais ser ignorado. Os muçulmanos devem dar a mais forte resposta a essa opressão. Se não formos os primeiros a apoiar nossos irmãos e irmãs, não podemos esperar que outros os ajudem", alertou o chefe de Estado turco.

Erdogan frisou que Israel aumentou os ataques contra o Líbano e denunciou que "mais de mil libaneses perderam suas vidas nas últimas duas semanas".

"As necessidades de nossos irmãos e irmãs libaneses estão aumentando devido aos contínuos ataques israelenses", advertiu.

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