Israel confirma ter matado chefe da unidade de mísseis do Hezbollah

Prédio residencial atingido em ataque militar de Israel, na área de Ghobeiry, no subúrbio ao sul de Beirute, Líbano | Foto: EFE/EPA/WAEL HAMZEH

Israel atacou nesta terça-feira a capital libanesa pela quinta vez desde outubro do ano passado


O Exército de Israel informou nesta terça-feira (24) que matou o comandante da unidade de mísseis do grupo xiita libanês Hezbollah, identificado como Ibrahim Muhammad Kabisi, após um ataque nos subúrbios do sul de Beirute.

"Durante anos e durante a guerra, ele foi responsável por lançamentos contra o território israelense", explicaram as forças israelenses em breve comunicado, no qual destaca que, durante o ataque, Kabisi estava cercado por outros comandantes "importantes" do grupo.

Israel atacou nesta terça-feira a capital libanesa pela quinta vez desde outubro do ano passado, em plena escalada de seu bombardeio contra o grupo terrorista no sul e no leste do Líbano, que já deixou mais de 500 mortos e 1.800 feridos, segundo dados oficias do Líbano.

O ataque a Beirute atingiu um prédio residencial no bairro de Ghobeiry, nos subúrbios ao sul da cidade, conhecidos como Dahieh. De acordo com autoridades libanesas, pelo menos seis pessoas foram mortas e outras 25 ficaram feridas.

Dahieh já tinha sido alvo de um ataque israelense na segunda-feira, do qual o comandante do Hezbollah, Ali Karaki, escapou ileso, e de outro na última sexta-feira, no qual mais de 50 pessoas foram mortas, de acordo com a última contagem da Defesa Civil libanesa.

A área foi atacada cinco vezes desde o início dos combates entre Israel e Hezbollah, há quase um ano, e em todas os principais alvos foram membros do alto escalão do grupo xiita ou do Hamas.

O intenso fogo cruzado atingiu níveis sem precedentes nos últimos dias, depois que Israel iniciou uma campanha de ataques aéreos contra o sul e o leste do Líbano em busca dos alvos terroristas.

O país acusa o Hezbollah (assim como o Hamas na Faixa de Gaza) de usar casas de civis para armazenar armas e argumenta que sua ofensiva nos últimos dias tem como objetivo degradar a capacidade do Hezbollah de atacar Israel.

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