O Irã negou que tenha enviado mísseis e armas para a Rússia, mesmo com as provas encontradas
Os Estados Unidos vão aprofundar as sanções contra o Irã depois de Teerã ter decidido fornecer mísseis balísticos à Rússia, segundo antecipou nesta terça-feira (10) o secretário de Estado americano, Antony Blinken, após uma reunião com seu homólogo britânico, David Lammy.
"Os Estados Unidos anunciarão mais sanções ao Irã mais tarde, incluindo medidas adicionais sobre a Iran Air. Esperamos que os aliados e parceiros anunciem também suas próprias medidas contra o Irã", afirmou o chefe da diplomacia americana.
Blinken e Lammy reuniram-se nesta terça-feira na capital britânica para lançar o chamado Diálogo Estratégico Reino Unido-Estados Unidos, um evento anual com o qual pretendem reforçar a colaboração bilateral.
Washignton alertou ao regime iraniano que fornecer mísseis balísticos a Moscou "constituiria uma escalada dramática" da crise na Ucrânia.
"A Rússia recebeu carregamentos destes mísseis balísticos e provavelmente irá utilizá-los dentro de algumas semanas na Ucrânia contra os ucranianos", explicou Blinken em coletiva de imprensa com Lammy em Londres.
O sistema de mísseis balísticos iraniano, que tem um alcance máximo de 120 quilômetros, permitiria à Rússia direcionar seu arsenal para mais longe da linha de frente.
Por sua vez, Lammy declarou na coletiva que ele e seu homólogo americano viajarão juntos para Kiev para expressar apoio à Ucrânia, naquela que será a primeira visita conjunta em mais de uma década.
Blinken acrescentou que "é um momento crítico" para a antiga república soviética, "em meio a uma intensa temporada de combates neste outono, com a escalada da Rússia".
"Vemos que (Moscou) aumenta os seus ataques contra as cidades, contra as pessoas, em particular visando infraestruturas energéticas, eletricidade, tudo antes dos meses mais frios", declarou.
Blinken e Lammy reuniram-se antes do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, se encontrar nesta sexta-feira (13) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington.
A União Europeia já havia divulgado à imprensa internacional nesta segunda-feira (9) medidas no mesmo sentido.
O Irã negou que tenha enviado mísseis e armas para a Rússia, mesmo com as provas encontradas.
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