Os ataques a Beirute e Teerã levaram o Oriente Médio a um estado de alerta máximo
O líder dos rebeldes extremistas houthis do Iêmen, Abdul-Malik al-Houthi, prometeu nesta quinta-feira (1º) "uma resposta militar" aos "crimes" israelenses após o assassinato atribuído a Israel, em Teerã, do líder do grupo terrorista palestino Hamas, Ismail Haniyeh.
"Deve haver uma resposta militar a esses crimes perigosos e arrogantes, que representam uma grande escalada do inimigo israelense", disse o líder rebelde em um discurso televisionado, no qual afirmou que há um consenso para tomar medidas retaliatórias entre os grupos que compõem a aliança anti-israelense conhecida como "Eixo de Resistência", liderada pelo regime do Irã.
O líder al-Houthi disse que "há posições claras e declaradas da República Islâmica (do Irã), bem como do restante do Eixo, e o trabalho está sendo feito nessa direção", sem detalhar que tipo de resposta será dado pela aliança, que também inclui o grupo terrorista libanês Hezbollah, grupos pró-iranianos no Iraque e o próprio Hamas.
Abdul-Malik al-Houthi justificou que se a posição desses grupos for "fraca, limitada ou simbólica, isso encorajará o "inimigo" israelense a cometer mais e mais crimes", por isso afirmou que "a única opção legítima que é benéfica e eficaz" é uma resposta militar.
"O conflito com o inimigo israelense é inevitável, pois se trata de uma entidade agressiva e criminosa e, ao mesmo tempo, sua morte também é inevitável", ameaçou.
Ele denunciou os países ocidentais por "darem carta branca e autoridade" a Israel para cometer "os crimes mais hediondos, ocupação de terras, confisco de propriedades e destruição", referindo-se também à ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
Em vez de pedir que Israel seja responsabilizado, "os europeus vêm com esforços persistentes para conter a reação" do Irã e de seus aliados contra o país, para que ela se limite a ser "simbólica", criticou.
Essas ameaças foram feitas no mesmo dia em que o secretário-geral do grupo terrorista libanês Hezbollah, Hassan Nasralah, acusou Israel de ter ultrapassado as "linhas vermelhas" e anunciou que a batalha entrou em um "estágio totalmente novo", após os recentes assassinatos de seu principal comandante, Fuad Shukr, em Beirute, e de Haniyeh.
O líder dos houthis, um movimento que lançou dezenas de ataques contra Israel e causou sérios transtornos à navegação no mar Vermelho em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza, anunciou na quarta-feira (31) que os grupos do Eixo de Resistência em breve cooperarão para responder a esses assassinatos direcionados.
Os ataques a Beirute e Teerã levaram o Oriente Médio a um estado de alerta máximo, pois é aguardada a resposta do Irã e dos grupos pró-iranianos, que já mantinham frentes de apoio ao Hamas na guerra da Faixa de Gaza.
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