Meloni parabeniza Le Pen e defende desaparecimento das 'velhas barreiras' da esquerda na Europa

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, se manifestou nesta segunda após os resultados provisórios da votação na França | Foto: EFE/EPA/FILIPPO ATTILI/CHIGI PALACE

Meloni, que parabenizou o RN e seus aliados, destacou como "positivo" o alto comparecimento às urnas


A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, parabenizou nesta segunda-feira (1º) Marine Le Pen e seu partido de direita nacionalista, o Reagrupamento Nacional (RN), pela vitória no primeiro turno das eleições parlamentares da França e pediu o desaparecimento das "velhas barreiras entre as forças alternativas da esquerda" na Europa.

"Sempre desejei, também em nível europeu, que desapareçam as velhas barreiras entre as forças alternativas da esquerda, e creio que na França também há avanços nessa direção", comentou a líder direitista italiana, ao enfatizar que, "pela primeira vez, o partido de Le Pen teve aliados desde o primeiro turno".

Além disso, ressaltou que, "pela primeira vez, os republicanos também estão dispostos a não participar da chamada 'frente republicana', em declarações à agência "Adn Kronos" para comentar o resultado das eleições legislativas na França, com o partido de Marine Le Pen e seus aliados acima de 33%.

Meloni, que parabenizou o RN e seus aliados por sua "clara reafirmação no primeiro turno" e destacou como "positivo" o alto comparecimento às urnas, também falou sobre o segundo turno.

"Estamos diante de um cenário muito polarizado e, se você me perguntar se prefiro a esquerda, em alguns casos até bastante extrema, ou a direita... É claro que prefiro a direita", afirmou.

"Digo isso porque vejo algo que também está acontecendo de várias formas na Itália: a tentativa constante de demonizar e encurralar as pessoas que não votam na esquerda. Esse é um truque para evitar o confronto sobre a essência das diferentes propostas políticas. Mas é um truque no qual cada vez menos pessoas estão caindo. Vimos isso na Itália, vemos isso cada vez mais na Europa e no Ocidente."

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