Tribunal da ONU diz que Israel deve deixar Cisjordânia e Jerusalém Oriental

Governo de Israel condenou decisão da CIJ: "O povo judeu não é conquistador na sua própria terra" | Foto: EFE/EPA/LINA SELG

Em nota, o gabinete do premiê de Israel, 
Benjamin Netanyahu, criticou a decisão da CIJ


A Corte Internacional de Justiça (CIJ), o principal tribunal das Nações Unidas, considerou nesta sexta-feira (19) que os assentamentos de Israel na Cisjordânia, bem como sua presença em Jerusalém Oriental, são ocupações ilegais em território palestino e devem ser interrompidas.

Na sua decisão, a CIJ alegou que tais ações representam "violação do direito internacional". "O tribunal registra com grande preocupação relatos de que a política de assentamentos de Israel tem se expandido desde o parecer consultivo da corte de 2004", afirmou, citando uma medida anterior que já havia condenado essas ações de Israel.

A CIJ apontou que Israel deve "cessar imediatamente todas as novas atividades de assentamentos e evacuar todos os colonos do território palestino ocupado” e tem “a obrigação de reparar os danos causados ​​a todas as pessoas singulares ou coletivas afetadas no território palestino ocupado".

Em nota, o gabinete do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou a decisão da CIJ.

"O povo judeu não é conquistador na sua própria terra – nem na nossa capital eterna, Jerusalém, nem na terra dos nossos antepassados ​​na Judeia e Samaria", disse, usando os nomes bíblicos da Cisjordânia.

"Nenhuma decisão falsa em Haia [cidade na Holanda onde fica a sede da CIJ] irá distorcer esta verdade histórica e, da mesma forma, a legalidade dos assentamentos israelenses em todos os territórios da nossa pátria não pode ser contestada", acrescentou.

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